Da revista Jacobin

No dia da publicação deste artigo, a maior greve em curso em nosso país completa 100 dias. Escrevo estas linhas direto do front de batalha – com noites insones, ameaças de punições e as notícias cotidianas das mortes de colegas de trabalho. Poderia ser uma guerra, mas é a Educação Pública Municipal de São Paulo enfrentando, com luta sindical, a naturalização da morte em um dos maiores epicentros da pandemia de COVID-19.

Não é de hoje que mortes não naturais – na verdade, perfeitamente evitáveis – são naturalizadas em nossas terras. O poder da classe dominante brasileira sempre foi baseado na violência da subjugação e do extermínio de seres humanos, povos e culturas inteiras. Com a chegada de uma pandemia, exatamente no contexto do governo mais autoritário desde o fim da ditadura, a velocidade da matança se intensifica. Caíram as máscaras da hipocrisia: a elite proprietária nunca achou que todas as vidas têm o mesmo valor.

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