Por Ana Beatriz Aquino, Cássia Fernandes de Lima, Davi Reis Procari Gonçalves, Gustavo Mendes de Almeida, Ingrid Meirelles de Souza, Júlia Lurizotto Nóbrega, Luiza Gouvêa e Rios Cobra, Nicole Lima, Rafael Osório Reis Sales e Gilberto Maringoni

"O Brasil está se isolando de seus vizinhos na América Latina, ao mesmo tempo em que consolida sua posição de pária internacional. O ponto sensível do momento pode ser denominado de “diplomacia sanitária”. O negacionismo e a aberta sabotagem do presidente Jair Bolsonaro e de membros de seu governo – com destaque para o bizarro general Eduardo Pazuello – às políticas de contenção do vírus não encontram paralelo na região. Nem mesmo no Paraguai, onde a população tem protagonizado diversas manifestações de protesto, a irresponsabilidade chega perto da postura tida como genocida, num país em que o número de mortes se aproxima de 300 mil.

A manifestação mais clara desse isolamento veio por parte do governo venezuelano, que oficialmente denunciou à ONU, no último 6 de março, “a negligência criminosa do chefe de Estado Jair Bolsonaro”, que se converteu no “principal obstáculo para salvar vidas”, ao se negar a estabelecer “políticas de coordenação sanitária” tanto no plano interno “como com as autoridades dos países vizinhos”. Na carta – firmada por Samuel Moncada, embaixador do país na ONU – é solicitada a interferência da Secretaria Geral para impedir a disseminação do vírus a partir do Brasil."

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