Da Comunicação da Prefeitura de Araraquara

As medidas restritivas de isolamento social adotadas pela Prefeitura em fevereiro, incluindo o ‘lockdown’, deram resultado e fizeram cair, ao menos preliminarmente, o número de novos casos confirmados de Covid-19 e a média móvel diária neste início de março.

Confira relatório com os resultados preliminares aqui.

Em participação no “Canal Direto Especial”, no Facebook da Prefeitura de Araraquara, essas medidas de restrição de circulação foram avaliadas como importantes pelo professor Paulo Inácio da Costa, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp e responsável pela unidade de Araraquara do Laboratório da Rede Unesp de Diagnóstico para Covid-19.

Paulo Inácio e a secretária municipal de Saúde, Eliana Honain, que também é coordenadora do Comitê de Contingência do Coronavírus de Araraquara, participaram do programa por plataforma online.

“Foi uma medida tomada com muita coragem, com apoio do Comitê e das áreas científica e clínica. A gente vinha com aumento expressivo de casos positivos da Covid-19. Isso se agravou no final de janeiro para o começo de fevereiro, o que culminou com o decreto. Vínhamos com 45% a 50% de amostras positivas no município e, a partir de março, houve redução para 30%, 20%. Uma atitude restritiva, que tem as suas consequências, mas a consequência maior foi a preservação da vida, da saúde das pessoas, e a diminuição de internações e de casos graves”, analisa Paulo Inácio.

Segundo os especialistas em saúde pública, com a vacinação ainda em ritmo lento (dependendo de remessas do Governo Federal), o isolamento social ainda é a melhor forma de conter o crescimento de contaminações e evitar a sobrecarga do sistema de saúde.

“A gente tem que pensar na exaustão do sistema. Não só em leitos de enfermaria e de UTI, mas a exaustão dos profissionais da saúde que já vêm, há um ano, em uma luta constante. Isso traz um grande problema. Não ter medidas como essa [isolamento] levaria a um caos muito grande em Araraquara”, complementou o professor.

Para Eliana Honain, o controle da pandemia deve seguir a ciência. “Quando o Comitê observou o crescente número de pessoas contaminadas e tomou ciência de que a variante de Manaus estava presente em Araraquara, e 93% das pessoas contaminadas em Araraquara estão com essa variante, o Comitê disse: ‘não tem outra alternativa’. A ciência nos diz qual é o caminho a ser feito. Existem duas alternativas para o controle do coronavírus. Primeiro, a vacina, que é uma resposta do Governo Federal. Não tendo a vacinação em massa, o outro caminho é o isolamento social”, afirmou Eliana.

“Hoje, com a queda no número de infectados, o lockdown nos mostra que é uma medida eficiente e que deve ser implantada sempre que houver necessidade”, complementou a secretária. Eliana ainda explicou que a queda nos óbitos levará mais alguns dias para ocorrer, pois os pacientes internados neste momento contraíram a Covid-19, em média, há mais de um mês.

Efeitos do lockdown

Entre o dia 21 de fevereiro, primeiro dos dez dias de lockdown, e esta quarta-feira, 10 de março, a média móvel diária de novos casos de Covid-19 caiu de 189,57 para 108, uma redução de 43,02%.

Outra diminuição acentuada foi verificada no número de pessoas contaminadas com o coronavírus e que estavam em isolamento domiciliar (quarentena): 1.512 no início do lockdown e 635 no boletim desta quarta, queda de 58%.

Em relação às internações, os dias 25 e 26 de fevereiro registraram o pico: 247 pacientes com Covid-19 em UTIs e enfermarias do município. Desde o início da pandemia, nunca houve tantos pacientes internados como nesses dois dias. Nesta quarta-feira, são 177 pacientes em hospitais. Número ainda alto, mas 28,34% menor que a máxima registrada.

Os casos de Covid-19 registrados por semana epidemiológica também evidenciam a eficácia das medidas de isolamento social para a contenção da pandemia. Foram 1.327 casos entre 15 de fevereiro e 21 de fevereiro (a semana com maior número de confirmações), 1.120 entre os dias 22 e 28 do mesmo mês e 945 entre 1º e 7 de março (28,78% a menos que o começo do lockdown).

Outro termômetro sobre a gravidade da pandemia é a porcentagem de amostras positivadas em relação a todos os testes enviados para análise diariamente. O dia com maior porcentagem de confirmações foi 16 de fevereiro, com 53% de testes positivos. Nesta quarta, após vários dias de queda, o índice chegou a 20%.

Medidas

Apontada pelos epidemiologistas como a única cidade do Brasil a ter realizado um lockdown de fato, Araraquara entrou na fase mais rígida de isolamento no dia 21 de fevereiro, quando a ocupação de leitos de UTI e enfermaria chegou a 100% e a curva de casos e internações crescia rapidamente em razão da circulação da nova variante do coronavírus, a P.1. (conhecida como cepa de Manaus, mais transmissível e com agravamento de pacientes mais jovens).

O lockdown durou dez dias, com funcionamento apenas de farmácias e unidades de saúde e fiscalização nas ruas para evitar que os moradores de Araraquara saíssem de casa sem justificativa. Só era permitido sair para utilizar ou trabalhar em algum dos serviços em funcionamento. O transporte público não funcionou nesse período, que durou até 2 de março. Supermercados ficaram fechados e atendendo por delivery durante seis dias, retornando em 27 de fevereiro.

Desde o início deste mês, mesmo sem o lockdown, o município continua na fase vermelha do Plano São Paulo (como todo o estado) e com funcionamento somente de setores essenciais, com a recomendação das autoridades de saúde para que a população só saia de casa se necessário e, se sair, use máscara e tome as medidas de higiene e prevenção.

Não é hora de relaxar

Paulo Inácio e Eliana Honain defendem, com muita ênfase, a continuidade e o reforço nos cuidados com a segurança sanitária, apesar da aparente tendência de melhorias nos números de contaminação. Para eles, não é hora de relaxar nos cuidados.

O Comitê de Contingência do Coronavírus de Araraquara e a Prefeitura Municipal estão monitorando diariamente a situação epidemiológica do município.

Para que a tendência de melhora da situação se consolide, é fundamental que todas as medidas sanitárias e as regras mais restritivas em vigor continuem sendo rigorosamente cumpridas.

Não é momento de a população relaxar, porque a cepa do vírus que circula na cidade é empiricamente mais transmissível e mais agressiva. Somente com o esforço coletivo será possível reverter de vez a curva da transmissão e aliviar pressão sobre os leitos de UTI e de enfermaria que atinge Araraquara e toda a região.

As medidas restritivas de isolamento social adotadas pela Prefeitura em fevereiro, incluindo o ‘lockdown’, deram resultado e fizeram cair, ao menos preliminarmente, o número de novos casos confirmados de Covid-19 e a média móvel diária neste início de março.

Em participação no “Canal Direto Especial”, no Facebook da Prefeitura de Araraquara, essas medidas de restrição de circulação foram avaliadas como importantes pelo professor Paulo Inácio da Costa, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp e responsável pela unidade de Araraquara do Laboratório da Rede Unesp de Diagnóstico para Covid-19.

Paulo Inácio e a secretária municipal de Saúde, Eliana Honain, que também é coordenadora do Comitê de Contingência do Coronavírus de Araraquara, participaram do programa por plataforma online.

“Foi uma medida tomada com muita coragem, com apoio do Comitê e das áreas científica e clínica. A gente vinha com aumento expressivo de casos positivos da Covid-19. Isso se agravou no final de janeiro para o começo de fevereiro, o que culminou com o decreto. Vínhamos com 45% a 50% de amostras positivas no município e, a partir de março, houve redução para 30%, 20%. Uma atitude restritiva, que tem as suas consequências, mas a consequência maior foi a preservação da vida, da saúde das pessoas, e a diminuição de internações e de casos graves”, analisa Paulo Inácio.

Segundo os especialistas em saúde pública, com a vacinação ainda em ritmo lento (dependendo de remessas do Governo Federal), o isolamento social ainda é a melhor forma de conter o crescimento de contaminações e evitar a sobrecarga do sistema de saúde.

“A gente tem que pensar na exaustão do sistema. Não só em leitos de enfermaria e de UTI, mas a exaustão dos profissionais da saúde que já vêm, há um ano, em uma luta constante. Isso traz um grande problema. Não ter medidas como essa [isolamento] levaria a um caos muito grande em Araraquara”, complementou o professor.

Para Eliana Honain, o controle da pandemia deve seguir a ciência. “Quando o Comitê observou o crescente número de pessoas contaminadas e tomou ciência de que a variante de Manaus estava presente em Araraquara, e 93% das pessoas contaminadas em Araraquara estão com essa variante, o Comitê disse: ‘não tem outra alternativa’. A ciência nos diz qual é o caminho a ser feito. Existem duas alternativas para o controle do coronavírus. Primeiro, a vacina, que é uma resposta do Governo Federal. Não tendo a vacinação em massa, o outro caminho é o isolamento social”, afirmou Eliana.

“Hoje, com a queda no número de infectados, o lockdown nos mostra que é uma medida eficiente e que deve ser implantada sempre que houver necessidade”, complementou a secretária. Eliana ainda explicou que a queda nos óbitos levará mais alguns dias para ocorrer, pois os pacientes internados neste momento contraíram a Covid-19, em média, há mais de um mês.

Efeitos do lockdown

Entre o dia 21 de fevereiro, primeiro dos dez dias de lockdown, e esta quarta-feira, 10 de março, a média móvel diária de novos casos de Covid-19 caiu de 189,57 para 108, uma redução de 43,02%.

Outra diminuição acentuada foi verificada no número de pessoas contaminadas com o coronavírus e que estavam em isolamento domiciliar (quarentena): 1.512 no início do lockdown e 635 no boletim desta quarta, queda de 58%.

Em relação às internações, os dias 25 e 26 de fevereiro registraram o pico: 247 pacientes com Covid-19 em UTIs e enfermarias do município. Desde o início da pandemia, nunca houve tantos pacientes internados como nesses dois dias. Nesta quarta-feira, são 177 pacientes em hospitais. Número ainda alto, mas 28,34% menor que a máxima registrada.

Os casos de Covid-19 registrados por semana epidemiológica também evidenciam a eficácia das medidas de isolamento social para a contenção da pandemia. Foram 1.327 casos entre 15 de fevereiro e 21 de fevereiro (a semana com maior número de confirmações), 1.120 entre os dias 22 e 28 do mesmo mês e 945 entre 1º e 7 de março (28,78% a menos que o começo do lockdown).

Outro termômetro sobre a gravidade da pandemia é a porcentagem de amostras positivadas em relação a todos os testes enviados para análise diariamente. O dia com maior porcentagem de confirmações foi 16 de fevereiro, com 53% de testes positivos. Nesta quarta, após vários dias de queda, o índice chegou a 20%.

Medidas

Apontada pelos epidemiologistas como a única cidade do Brasil a ter realizado um lockdown de fato, Araraquara entrou na fase mais rígida de isolamento no dia 21 de fevereiro, quando a ocupação de leitos de UTI e enfermaria chegou a 100% e a curva de casos e internações crescia rapidamente em razão da circulação da nova variante do coronavírus, a P.1. (conhecida como cepa de Manaus, mais transmissível e com agravamento de pacientes mais jovens).

O lockdown durou dez dias, com funcionamento apenas de farmácias e unidades de saúde e fiscalização nas ruas para evitar que os moradores de Araraquara saíssem de casa sem justificativa. Só era permitido sair para utilizar ou trabalhar em algum dos serviços em funcionamento. O transporte público não funcionou nesse período, que durou até 2 de março. Supermercados ficaram fechados e atendendo por delivery durante seis dias, retornando em 27 de fevereiro.

Desde o início deste mês, mesmo sem o lockdown, o município continua na fase vermelha do Plano São Paulo (como todo o estado) e com funcionamento somente de setores essenciais, com a recomendação das autoridades de saúde para que a população só saia de casa se necessário e, se sair, use máscara e tome as medidas de higiene e prevenção.

Não é hora de relaxar

Paulo Inácio e Eliana Honain defendem, com muita ênfase, a continuidade e o reforço nos cuidados com a segurança sanitária, apesar da aparente tendência de melhorias nos números de contaminação. Para eles, não é hora de relaxar nos cuidados.

O Comitê de Contingência do Coronavírus de Araraquara e a Prefeitura Municipal estão monitorando diariamente a situação epidemiológica do município.

Para que a tendência de melhora da situação se consolide, é fundamental que todas as medidas sanitárias e as regras mais restritivas em vigor continuem sendo rigorosamente cumpridas.

Não é momento de a população relaxar, porque a cepa do vírus que circula na cidade é empiricamente mais transmissível e mais agressiva. Somente com o esforço coletivo será possível reverter de vez a curva da transmissão e aliviar pressão sobre os leitos de UTI e de enfermaria que atinge Araraquara e toda a região.