Por Alexandre Filordi, Outras Palavras

As catacumbas da cidade de Paris reúnem cerca de milhares de ossos, mais ou menos correspondentes a 6 milhões de cadáveres. Eles foram ali depositados, empilhados uns sobre outros, a partir do último quartil do século XVIII, em função da explosão de contaminação da população, decorrente da excessiva decomposição de matéria orgânica. Na entrada das catacumbas se lê: “Pare. É aqui o império da morte”.

O Brasil corre a passos largos para se afirmar como um império da morte. Após um ano de pandemia e inação governamental, é inacreditável que tenhamos gestores, educadores e pais implicando-se com o compromisso de volta às aulas presenciais. Quem já foi a um oftalmologista e teve de dilatar a pupila sabe do efeito: visão embaçada durante algumas horas. A sensação que tenho é que o brasileiro teve a pupila da razão dilatada por colírios de ignorância e de insanidade inconsequente. Do contrário, alguns dados bastariam para resistir a qualquer retorno às aulas.

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