Há alguns meses, coloquei no twitter que nós, os economistas não ortodoxos, deveríamos levantar a hashtag #stopfakenewseconomics. Aquilo que se conhece e vende como ciência econômica está coalhado de “verdades”, reproduzidas e repetidas ad nauseam pela mídia corporativa, sem haver o mínimo espaço para contestação. O terrorismo econômico, que há muito nos flagela, se alimenta de tais “verdades”. A mais nova estrela do espetáculo é uma tal de “âncora fiscal”.

“Se o governo abandonar a âncora fiscal, o Banco Central vai ter que agir”, disse o atual presidente da autoridade monetária brasileira, Roberto Campos Neto, em meados de dezembro último; “o teto de gastos é a principal âncora fiscal do país”, afirmara, uma semana antes, Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, para sugerir que seria preciso reforçá-la, aprovando as reformas; no dia anterior, um prócer do mercado financeiro mostrara-se preocupado com a “perda de credibilidade” de nossa âncora fiscal. Mas o que isso significa, afinal?

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