O cofundador, nos anos 1970, da “Escola da Regulação”, faz, nesta entrevista concedida ao Le Monde, um diagnóstico do choque que hoje abala a economia mundial e dos seus possíveis desdobramentos.
O economista Robert Boyer, analista das evoluções históricas divergentes dos capitalismos – ele prefere usar o termo no plural –, publicou, no início deste mês, pelas edições La Découverte, uma obra marcante, "Les capitalismes à l'épreuve de la pandémie" (Os capitalismos à prova da pandemia, 200 páginas, 19 euros), onde faz um diagnóstico do choque que hoje abala a economia mundial e dos seus possíveis desdobramentos.
Na entrevista ele diz que "não podemos aplicar palavras herdadas das crises anteriores a uma nova realidade. Mais do que um erro, é um engano porque indica que esperamos aplicar os remédios conhecidos, que não terão, portanto, nenhuma eficácia. O termo “recessão” aplica-se quando um ciclo econômico, que atingiu um determinado estágio, muda por motivos endógenos – o que implica que a etapa seguinte será mecanicamente a recuperação, também por razões endógenas, com um retorno ao estado anterior. Ora, não se trata aqui de uma recessão, mas de uma decisão das autoridades políticas de suspender toda a atividade econômica que não seja essencial para o combate à pandemia e para a vida cotidiana".
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