Multiplicam-se, agora em países como Espanha e Argentina, as manifestações de negacionistas da pandemia. Elas se opõem à quarentena, ao uso de máscaras e a outras medidas preventivas contra o contágio da Covid-19. Fazem parte da estratégia que se baseia no ódio para deslegitimar e atacar governos progressistas — manipulando parte da população, que encara uma difícil situação sanitária, econômica e emocional
A rejeição à quarentena, junto com a acusação de que seria uma medida autoritária dos governos progressistas, tem raízes no manifesto de abril de um batalhão internacional neoliberal de ultradireita. É comandado pelo escritor Mario Vargas Llosa (o “feiticeiro da tribo” que reconhece que adora “escrever mentiras que pareçam verdades”, como define por Atilio Borón). Reúne, além dos ex-presidentes Mauricio Macri (Argentina) e José Maria Aznar (Espanha), o ex-presidente colombiano Alvaro Uribe, acusado de terrorismo de Estado e agora em prisão domiciliar.