Texto de Henry Campos e Nahuan Gonçalves para o Observatório.
Em reportagem publicada neste sábado, 25 de julho, a edição espanhola do jornal El Pais mostra uma multiplicidade de medidas internas tomadas na Europa para conter uma possível nova onda da Covid-19. O continente europeu, “que tratou de manter o maior tempo possível a ficção que se poderia viver neste verão uma vida relativamente normal, entre outras coisas para dar um balão de oxigênio aos setores do turismo e do lazer”, vê hoje uma multiplicação de novos casos da Covid-19.
É registrado aumento de casos na Espanha, em especial na região de Barcelona, Catalunha, com 12.191 novos casos em menos de um mês, e no Reino Unido, um “preocupante aumento”, com um incremento diário de novos casos, que passaram de 1.700 a 2.800. Aumentos pontuais vêm sendo observados em outros países.
A Noruega foi o país que deu passos mais contundentes de intervenção no espaço Schengen, de livre circulação, submetendo todos os viajantes procedentes da Espanha a uma quarentena de dez dias, considerando também de risco a chegada no país de pessoas provenientes de países com mais de 20 contágios por mil habitantes.
A Bélgica proibiu seus cidadãos de viajar a Lleida e Huesca e não recomenda as viagens a Aragon, Catalunha, País Basco e Navarro. Enquanto pede aos nacionais para não viajarem à Catalunha, a França multiplica a vigilância na costa sul do país, a mais buscada por veranistas, e instalou, nas praias, postos de coleta de material para exames gratuitos de pesquisa do novo coronavírus.
Ao mesmo tempo que considera exageradas as restrições a viagens a várias cidades e regiões do país, o governo espanhol decretou o fechamento de todos os locais de diversão noturna da Catalunha.
Para o ministro da Saúde da França, Olivier Véran, “as fronteiras do vírus não são as fronteiras nacionais”, declarando também que “na Europa, alguns confinamentos locais têm permitido que se apague o incêndio”.
A Alemanha, um dos países que melhor se defendeu contra a Covid-19, passou a oferecer, nos aeroportos, testes gratuitos, visando assim a não generalizar a quarentena, para pessoas provenientes de 130 países considerados de risco.