Na edição número 3 do Boletim Covid-19: Políticas Públicas e as Respostas da Sociedade foi feita a atualização da classificação da vulnerabilidade dos trabalhadores, identifica os laços entre os vínculos de trabalho e os setores econômicos e mostra os graus diferentes de vulnerabilidade quando relacionados às variações regionais e grupos sociais por educação, sexo e raça.

A nota técnica apresenta as seguintes conclusões:

•A distribuição regional dos grupos de vulnerabilidade é razoavelmente semelhante em todo o país.
Mas há nuances. Regiões menos desenvolvidas, como Norte e Nordeste, tem maior participação de trabalhadores em setores essenciais e com vínculos mais frágeis. No Sul, Sudeste e Centro Oeste, a maior vulnerabilidade decorre da grande presença de ocupados em setores não essenciais.
•A diferença da vulnerabilidade de homens e mulheres é resultado da segregação setorial: homens estão mais presentes em setores essenciais e mulheres nos setores não essenciais.
•A diferença da vulnerabilidade de negros(as) e brancos(as) é um resultado das diferenças de vínculo: brancas(os) têm vínculos mais estáveis e negras(os) têm vínculos mais frágeis.

•A pesquisa revelou uma nova dimensão da vulnerabilidade: homens brancos e mulheres brancas são os “novos vulneráveis”: ocupam majoritariamente os setores dominados por pessoas com Ensino Superior Completo e com vínculos mais estáveis, mas em setores essenciais, muito afetados ou não essenciais.

• Homens negros e mulheres negras formam os grupos sociais “tradicionalmente vulneráveis”: ocu pam majoritariamente os setores dominados por vínculos frágeis. Mulheres negras são o grupo mais vulnerável porque também estão mais presentes entre nos setores não essenciais.
•Os “tradicionalmente vulneráveis” são mais vulneráveis que os “novos vulneráveis”.

Confira o Boletim nº 3 de PP&S aqui