A semana no mundo: interferências digitais, avanço diplomático e vitória jurídica na UE
Plataformas sob suspeita, tensões geopolíticas em negociação e decisão histórica para direitos LGBTQIA+ marcam a semana internacional
A semana foi marcada por um alerta sobre a arquitetura global da desinformação, após análises revelarem que redes extremistas que influenciam o debate público europeu operam a partir de outros continentes. O fenômeno reacende debates sobre segurança digital, vulnerabilidade democrática e responsabilidade das plataformas.
No tabuleiro político, Estados Unidos e Ucrânia avançaram em conversas sensíveis sobre uma possível estrutura de paz, enquanto líderes europeus acompanham de perto a proposta. Já no campo jurídico, a União Europeia emitiu uma decisão simbólica e vinculante ao garantir o respeito a casamentos homoafetivos em todos os Estados-membros, numa reprimenda direta à Polônia.
Contas da Ásia e Austrália propagam visões extremistas na Europa, diz Euronews Next

Contas do X que divulgam ideologias de extrema direita sobre a Europa não estão baseadas no continente, mas sim localizadas na Ásia ou na Austrália, segundo investigação da Euronews Next.
A plataforma anunciou recentemente a inclusão de rótulos de país nas contas, com base em endereço IP, loja de aplicativos e comportamento de postagem.
Usuários nos Estados Unidos identificaram contas sediadas no Leste Europeu, Nigéria e Paquistão utilizando o slogan “Make America Great Again”. Para analistas, o padrão indica uma estratégia coordenada de desinformação transnacional que busca influenciar debates políticos europeus por meio da propagação de conteúdo extremista.
Especialistas em segurança digital alertam que esse tipo de operação reforça tensões sociais já existentes, amplia a polarização e dificulta a identificação de autores reais da desinformação — criando um ecossistema propício para interferências externas em processos democráticos.
(Com informações da Euronews Next)
Ucrânia diz estar pronta para avançar com proposta de paz dos EUA; Trump fala em acordo “muito perto”

A Ucrânia afirmou estar pronta para “avançar” com um quadro de paz proposto pelos Estados Unidos, enquanto Donald Trump declarou que os países estariam “muito perto” de um acordo. O presidente norte-americano afirmou nesta terça-feira (25/11) que os negociadores “estão fazendo progresso”.
De acordo com a Reuters, Volodymyr Zelensky demonstra disposição para discutir pontos sensíveis do plano, mas insiste que líderes europeus devem participar das negociações, sobretudo aquelas relativas à segurança do continente. O presidente ucraniano também propôs que países europeus elaborem um plano para uma possível “força de garantia” pós-conflito.
As falas ocorrem após relatos de que Kiev já teria aceitado a proposta americana com “detalhes menores” pendentes. Paralelamente, Dan Driscoll, secretário do Exército dos EUA, mantém diálogo com representantes russos em Abu Dhabi como parte das negociações indiretas.
Em publicação no X, Zelensky afirmou contar com apoio da Finlândia e destacou “a abordagem construtiva dos Estados Unidos nesse trabalho conjunto para pôr fim ao derramamento de sangue e à guerra”.



