Fundação Perseu Abramo participa da Marcha Nacional das Mulheres Negras
Encontro das mulheres petistas no dia 24 de novembro, véspera da Marcha, terá apresentação de pesquisas seguida de roda de conversa

A Fundação Perseu Abramo (FPA), a Secretaria de Mulheres e a Secretaria Nacional de Combate ao Racismo do PT realizam na segunda-feira, 24 de novembro, às 18h, o Encontro das Mulheres do PT em Marcha. A atividade faz parte da programação da Marcha Nacional das Mulheres Negras, a ser realizada em Brasília no dia 25.
Durante o evento, serão apresentadas duas pesquisas da Fundação Perseu Abramo: Chacinas e Feminicídios e 3ª edição da pesquisa Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado, realizadas respectivamente pela área Reconexão Periferias e pelo Núcleo de Núcleo de Opinião
Pública, Pesquisas e Estudos. A apresentação será seguida de comentários das representantes das secretarias de Mulheres do PT e da FPA. No dia 25, será montada a Tenda das Beneditas na concentração da Marcha, a partir das 9h, onde haverá distribuição de materiais da FPA.
De acordo com a diretora da FPA, Elen Coutinho, a Marcha Nacional é muito importante e a Fundação entendeu que era essencial estar presente para acolher as negras petistas que fazem parte da construção do movimento social e estarão lá. No dia 25, no espaço de concentração da marcha, a Tenda das Beneditas cumprirá este papel. O nome homenageia uma pioneira na construção de políticas públicas para mulheres negras, a deputada Benedita da Silva.
Mulheres negras em Marcha – A Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver pretende reunir 300 mil pessoas em Brasília, em 25 de novembro, com o objetivo de dar visibilidade à luta por direitos que até hoje são negados pelo Estado às mulheres negras. A expectativa da organização é reunir 300 mil participantes, entre elas quilombolas, ribeirinhas, do campo, urbanas, periféricas, acadêmicas, artistas, trabalhadoras de várias gerações.
O movimento vem sendo articulado nos 27 estados do país por meio de comitês impulsores estaduais, municipais e regionais, mobilizados por mulheres que integram organizações sociais, grupos comunitários e ativistas independentes. Conta também com um Comitê Impulsor Internacional, espaço que reúne ativistas negras em diáspora e do continente africano, comprometidas com a construção de um futuro livre das violências impostas pelo racismo, pelo colonialismo e pelo patriarcado.
A primeira marcha nacional, realizada em 2015, reuniu em torno de 100 mil pessoas contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver e marcou a organização política das mulheres negras no Brasil e na América Latina.
O texto de convocação do evento informa que “a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver não é só um ato, é um processo de transformação social. Quando o acesso à saúde, educação, moradia, bem estar, sonhos e oportunidades for para todas as pessoas, quando todos os povos tiverem autonomia e respeito, estaremos construindo um novo futuro, onde nossos direitos, vozes e presenças sejam inegociáveis”.



