Organizadores falam em 150 mil pessoas nas ruas; protesto exigiu embargo de armas e denunciou cumplicidade alemã

Berlim tem maior marcha pró-Palestina desde o início da guerra em Gaza

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Mais de 100 mil manifestantes foram às ruas de Berlim, capital da Alemanha, no sábado (27/9), em solidariedade aos palestinos em Gaza e exigindo o fim da guerra entre Israel e Hamas no território devastado pelo conflito.

Os participantes entoaram palavras de ordem como “Palestina livre” e pediram uma resposta urgente à crise humanitária cada vez mais grave na região.

Segundo a polícia, cerca de 60 mil pessoas participaram da marcha pela área central de Berlim. Já os organizadores falaram em 150 mil manifestantes. Aproximadamente 1.800 policiais foram mobilizados para acompanhar o ato.

Entre as reivindicações estavam a suspensão das exportações de armas alemãs para Israel e a imposição de sanções da União Europeia contra o país, informou a agência de notícias DPA.

A marcha começou na Alexanderplatz e seguiu até a Coluna da Vitória, no distrito de Tiergarten. 

Protestos cobram embargo de armas e sanções contra Israel

Cerca de 50 organizações e associações, incluindo a Anistia Internacional e o partido A Esquerda (Die Linke), convocaram o protesto.

Um ato pró-Palestina no distrito de Kreuzberg foi dispersado pelas autoridades devido ao uso de slogans antissemitas.

Os organizadores do protesto “Todos os Olhos em Gaza – Parem o Genocídio” exigiram “um fim à cumplicidade alemã” na guerra, que classificam como genocida. Também pediram “o fim de toda a cooperação militar com Israel, incluindo a importação, exportação e trânsito de armas, munições e outros equipamentos militares”.

Em comunicado, afirmaram que “as ações do governo israelense já foram descritas como genocídio por especialistas e organizações internacionais, e o Tribunal Internacional de Justiça as investiga como tal. Embora esteja claro que o exército israelense vem cometendo atrocidades em massa em Gaza, o governo alemão continua a negar a violência”.

O partido A Esquerda (Die Linke) também acusou o governo alemão de permanecer em silêncio diante do agravamento da crise humanitária em Gaza e exortou Berlim a “finalmente agir e aumentar a pressão sobre o governo israelense para forçá-lo a mudar de rumo”.