Paulo Okamotto: “FPA tem ajudado o nosso partido a conhecer a realidade do Brasil”
Presidente da Fundação Perseu Abramo conclama dirigentes a planejarem a próxima etapa da luta em defesa e vitória da democracia e da soberania do país

O trabalho da Fundação Perseu Abramo tem colaborado, por meio de diversas ações, para que dirigentes e militantes do Partido dos Trabalhadores conheçam com mais profundidade a realidade do Brasil – e foi ressaltado, mais uma vez, no 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília.
A FPA participou do Encontro com a promoção de debates importantes por meio do seminário A Realidade Brasileira e os Desafios do PT, que apresentou duas mesas importantes em temas como justiça tributária, justiça climática e a realização da COP 30, em Belém.
O presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, participou de todo o Encontro, incluindo as discussões do seminário promovido pela organização durante o evento em Brasília.
“Temos procurado fazer com que nosso partido tenha condições de ter mais conhecimento sobre a realidade do Brasil e do mundo. Para fazer política temos que convencer as pessoas. Quem quer fazer política, toda semana, tem que convencer alguém das nossas ideias. Se conseguimos explicar, estamos fazendo política”, pontuou Okamotto durante a mesa que discutia justiça climática.
Outro ponto mencionado pelo presidente da FPA foi o trabalho de preservação da memória política do PT e de parte das lutas encampadas pela esquerda desde o final dos anos 1970 até os dias atuais, por meio de mecanismos como o Centro de Memória Política Sergio Buarque de Holanda (CSBH).
Paulo Okamotto, reiterou o compromisso da instituição com a formação a partir de encontros, debates e eventos sobre temas considerados urgentes para entender o país e preservar os pilares da democracia.“Quem for nos visitar ou consultar o nosso site vai encontrar um grande acervo que tem ajudado na compreensão política do nosso país”, convidou.
Além de ativação do acervo, a FPA tem realizado diversas pesquisas que oferecem, a partir de metodologias consistentes, um novo olhar sobre o que pensa a população do país nos mais variados assuntos.
O futuro do PT
Durante o encerramento do encontro, no domingo (3), Okamotto exaltou o papel dos dirigentes do partido na construção da resistência democrática e destacou a importância de transformar a tese aprovada no encontro em ação concreta nos territórios.
O momento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do novo presidente nacional do PT, Edinho Silva, e de outras lideranças partidárias presentes no palco.
Ao saudar a militância, Okamotto lembrou as lutas históricas contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e pela libertação de Lula, e mirou no futuro: pediu que cada dirigente eleito volte para sua base com a responsabilidade de organizar a ação política local.
“Cada dirigente que está aqui vai ter que pensar no que fazer a partir de agora, porque se todo esse movimento, esse processo que nós fizemos, ao retornar para as nossas casas, ser letra morta, então não terá valido à pena”, afirmou Okamotto.
Paulo Okamotto fez questão de agradecer “o trabalho extraordinário” de Gleisi Hoffmann à frente do partido, elogiou a atuação de Humberto Costa na transição e desejou sucesso a Edinho Silva, destacando “essa militância extraordinária que você vai poder dirigir pelos próximos quatro anos”.
No fim do discurso, Okamotto reforçou o chamado à ação e à responsabilidade de cada dirigente ao voltar para casa. “A pergunta que eu faço agora para vocês, como fiz em outras vezes: vocês estão preparados para esta tarefa, companheirada? Então a vitória é certa. Vamos à luta”, disse, sob aplausos.