Na abertura do evento, em Brasília, ministro da Fazenda ressaltou cumprimento das promessas da campanha de Lula e resultados que superam expectativas em áreas como emprego, educação, saúde e combate à fome

Haddad, no 17º Encontro Nacional do PT: “Quem vai pagar a conta é o rico no IR”

Durante a abertura do 17º Encontro Nacional do PT, realizada nesta sexta-feira (1º) em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um balanço das conquistas alcançadas pelo governo Lula, mesmo diante de uma base considerada frágil no Congresso Nacional. “A cada projeto que precisa ser aprovado, a cada decreto que precisa ser editado, tudo é uma construção complexa, mas estamos conseguindo executar o nosso plano de governo”, destacou.

Haddad lembrou que revisitou recentemente o programa apresentado durante as eleições de 2022 e se disse surpreso com o quanto foi possível avançar. Entre os pontos destacados, mencionou a recuperação do piso constitucional da saúde e da educação, restabelecido após anos de cortes.

Proteção aos mais pobres

No discurso, o ministro reforçou que as medidas econômicas do governo Lula não recaíram sobre os mais vulneráveis, mas sobre os mais ricos. “Dessa vez quem vai pagar a conta é o rico no Imposto de Renda e não o pobre no orçamento”, afirmou. Ele ressaltou que o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a política de valorização do salário mínimo foram preservados e fortalecidos com o presidente Lula.

O ministro apontou que essa mudança de lógica permitiu a restituição de direitos que haviam sido retirados nos últimos sete anos. “Começamos uma política de restituição dos direitos vilipendiados”, afirmou.

Resultados econômicos e sociais

Haddad destacou os indicadores econômicos recentes como prova da eficácia das políticas implementadas. “Todo mundo dizia que o país não tinha condição de crescer mais de 1 e 1,5% ao ano. Nós, em dois, crescemos sete”, disse.

Ele também citou a queda do desemprego para 5,8%, o menor índice da série histórica, e a saída antecipada do Brasil do Mapa da Fome.

“Nós imaginávamos que fossemos sair do Mapa da Fome no último ano de mandato. Nós saímos no terceiro”, celebrou, em referência ao anúncio recente da FAO.

Unidade e resistência

O ministro criticou a criação de “ruídos artificiais” que buscam desviar a atenção da população com fake news e divisões. Ressaltou, no entanto, que o governo segue “sob a batuta de um grande líder político que está dando o tom em todas as áreas”.

“Temos uma grande tarefa até o ano que vem, um ano de muita luta e muitos desafios, mas mais uma vez nós seremos convocados e não vamos nos furtar a entregar nosso suor, nossas lágrimas, nosso sangue por esse grande país, essa enorme nação, uma potência econômica, democrática e soberana”, concluiu Haddad.

O 17º Encontro Nacional do PT terá a participação de cerca de 1.000 delegados e delegadas de todos os estados do país. Durante o Encontro Nacional, a nova direção do PT no Brasil vai tomar posse. Além disso, os delegados e delegadas vão debater a tese guia que foi eleita no Processo de Eleição Direta – PED 2025.

O evento segue até este domingo (3), quando será realizada a posse do presidente eleito Edinho Silva e dos demais membros do Diretório Nacional, com a presença do presidente Lula, ministros, governadores de Estado, parlamentares, presidentes estaduais e dirigentes do PT.