Com menos pobreza e mais empregos, governo Lula celebra resultados e mira inclusão produtiva
Ações como o novo Bolsa Família, o PAA e o microcrédito mudam a realidade de milhões e fortalecem a economia popular

Em discurso durante o evento “Brasil dando a Volta por Cima” nesta quinta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou um balanço detalhado das políticas de combate à pobreza implementadas nos primeiros dois anos de seu governo. Com a presença de ministros, parlamentares e lideranças sociais, o ato serviu para destacar os resultados concretos alcançados desde 2023.
Além de apresentar dados sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), combate ao desmatamento e a retomada de programas como Mais Médicos, a iniciativa relembrou uma das grandes conquistas do povo brasileiro no período: a redução da extrema pobreza e da insegurança alimentar.
Dados do IBGE mostram que a pobreza e extrema pobreza atingiram em 2023 os menores índices da série histórica. Em 2021, 36,7% da população vivia com menos de US $6,85 por dia (pobreza), enquanto 9% da população vivia com 2,15 por dia (extrema pobreza).
Em 2023, esses números caíram para 27,4% e 4,4%, respectivamente. Além disso, 24 milhões de brasileiros saíram da insegurança alimentar grave apenas no último ano.A pesquisa EBIA (Escala Brasileira de Insegurança Alimentar) complementa esse cenário: apenas em 2023, 24 milhões de pessoas saíram da insegurança alimentar grave, colocando o Brasil entre os países que mais reduziram esse problema no mundo.
Entre as principais medidas adotadas está a expansão do Bolsa Família, que em 2024 atingiu a marca de 20,86 milhões de famílias beneficiadas, com prioridade para lares chefiados por mulheres, crianças, comunidades indígenas e quilombolas, e população em situação de rua.
Tais medidas fazem parte de um projeto amplo colocado em prática desde o início do governo Lula, em resposta ao legado do governo anterior: em dezembro de 2021, 10,8% da população (23 milhões de pessoas) vivia abaixo da linha da pobreza — um aumento em relação a 2020.
Diante de números estarrecedores, é fundamental lembrar os esforços empenhados pelo governo federal, com resultados apresentados e apresentando metas para programas já existentes.
Combate à pobreza
Bolsa Família para mais de 20 milhões de famílias
Mais de 20,86 milhões de famílias foram contempladas ao longo de 2024. O Programa priorizou lares com mulheres e crianças e grupos específicos como indígenas e quilombolas, além de pessoas em situação de rua.
Porta de saída: renda e autonomia
Os dados do CAGED 2024 revelam o papel estratégico do Bolsa Família como política de inclusão produtiva: 98% das vagas de emprego formal criadas no período foram ocupadas por cadastrados no Cadastro Único, sendo que 75,5% dessas oportunidades foram preenchidas por beneficiários do programa. Esses números demonstram como a articulação entre proteção social e geração de emprego funciona como efetiva “porta de saída”, permitindo que famílias em situação de vulnerabilidade conquistem autonomia por meio do trabalho formal. O resultado reflete a priorização desse público nas políticas ativas de emprego e a eficácia do CadÚnico como ferramenta de identificação de talentos subutilizados no mercado de trabalho. Os dados são do MDS.
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
O PAA alcançou mais de 238 mil toneladas de alimentos adquiridos da Agricultura Familiar em dois anos, em um investimento que superou a marca de R$ 1,8 bilhão.
Em janeiro de 2025, R$ 10,76 milhões investidos, beneficiando 3.065 agricultores. Mais de 186 mil cisternas já contratadas e 60 mil já entregues, principalmente no Semiárido Nordestino e no Amazonas. Mais cisternas contratadas fortalecendo o acesso à água e melhorando a vida das pessoas.
Programa “Acredito no primeiro passo”
O Programa Acredito no Primeiro Passo, lançado em outubro de 2024, consolida-se como mais uma via de emancipação para beneficiários do Bolsa Família e cadastrados no CadÚnico. Com que podem chegar a R$1,7 bilhão já destinados em microcrédito – os valores podem atingir R$21 mil por beneficiário.
A iniciativa viabiliza condições especiais de financiamento através de um Fundo Garantidor federal, que assegura os empréstimos às instituições financeiras parceiras. Ao alavancar pequenos negócios, o programa não apenas gera empregos, mas cria autonomia socioeconômica sustentável, complementando a estratégia de portas de saída que já mostra resultados no mercado formal (como atestam os dados do CAGED).
Alavancar pequenos negócios e gerar empregos é o objetivo central do Programa Acredito no Primeiro Passo, lançado em outubro de 2024. Com foco em promover a autonomia socioeconômica das pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).