Números mostram que o brasileiro só tem o que comemorar: mais empregos, indústria e serviços fortes e miséria quase zero

E agora, Faria Lima? Economia surpreende e faz críticos aceitarem (ou quase) planos do governo federal
Ricardo Stuckert/PR

Não é de se espantar que os representantes do mercado, a chamada turma da Faria Lima, o coração financeiro do país e por onde circulam os altos executivos da nação, torcessem o nariz para as políticas econômicas do governo Lula.

Acontece que, mesmo com tanta carga negativa sobre os ombros, o ministro da Fazenda Fernando Haddad conseguiu provar que, sim, é possível fazer o país crescer com justiça social.

Os números estão aí para provar. Apesar de ainda haver resistência, sobretudo com o pacote de medidas fiscais apresentados recentemente, é preciso muita força de vontade para dizer que o Brasil não está avançando.

A seguir, confira algumas das principais medidas que recolocaram o Brasil no caminho do desenvolvimento.

Reforma Tributária

A regulamentação da reforma tributária concede tratamento especial a uma série de contribuintes. Os diferentes regimes de tributação vão desde um abatimento de 30% sobre o valor da alíquota até a isenção do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS). O projeto de lei complementar (PLP) 68/2024  foi aprovado pelo Senado na quinta-feira (12), com relatoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM), e aguarda deliberação da Câmara dos Deputados.

O projeto foi uma das grandes conquistas do governo este ano e ainda tem uma série de outras medidas que irão beneficiar o contribuinte.

Uma das que terão mais impacto é a isenção de impostos de produtos da cesta básica. Além da isenção para produtos da cesta básica, a reforma tributária assegura desconto de 60% para uma série de alimentos destinados ao consumo humano. A lista com 19 itens inclui biscoitos e bolachas (desde que não adicionados de cacau, recheados, cobertos ou amanteigados), água mineral, mel natural e óleos de soja, milho e canola.

PIB acima do esperado

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (3).

Este é o 13º resultado positivo consecutivo do indicador em bases trimestrais. O saldo vem depois de a atividade econômica brasileira crescer 1,4% no segundo trimestre.

Neste terceiro trimestre, a Indústria (0,6%) e o setor de Serviços (0,9%) tiveram altas importantes, e compensaram a queda de 0,9% da Agropecuária.

Nos Serviços, houve expansões em Informação e comunicação (2,1%), Outras atividades de serviços (1,7%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%), Atividades imobiliárias (1,0%), Comércio (0,8%), Transporte, armazenagem e correio (0,6%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%).

Na Indústria, destaca-se o crescimento de 1,3% nas Indústrias de transformação. Por outro lado, caíram: Construção (-1,7%), Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,4%) e Indústrias extrativas (-0,3%).

Redução da miséria

A pobreza e a extrema pobreza no Brasil registraram em 2023 os menores índices da série histórica, iniciada em 2012. Pela primeira vez, a miséria ficou abaixo de 5%, caindo para 4,4%, o que representa 9,5 milhões de pessoas. Além disso, 8,7 milhões de brasileiros saíram da condição de pobreza, reduzindo esse contingente para 59 milhões, o menor número registrado em mais de uma década.

As informações constam na Síntese de Indicadores Sociais, estudo divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira. Os dados são referentes ao ano de 2023. Após a divulgação dos dados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a queda da miséria.

A expansão dos programas sociais, principalmente do Bolsa Família, ajudou a reduzir a miséria, também chamada de pobreza extrema, de 5,9% para 4,4% entre 2022 e 2023, segundo o IBGE. Em outras palavras, significa que, de 12,6 milhões de pessoas, 3,1 milhões saíram da miséria em um ano.

Aumento do emprego

A força de trabalho atingiu 109,4 milhões de pessoas, e a população ocupada chegou a 101,8 milhões.

Esses resultados representam os maiores níveis desde o início da série histórica da PNAD
Contínua em 2012, com aumentos de 1,7% e 3,0%, respectivamente, em comparação ao mesmo período do ano anterior. O emprego formal também apresentou crescimento, com uma alta de 4,0% em relação ao segundo trimestre de 2023, segundo os dados da PNAD Contínua. O Novo Caged registrou a criação de 1,7 milhão de novas vagas com carteira assinada, representando um aumento de 3,8% no período, confirmando a tendência de alta.