Economia, emprego e salário vão continuar crescendo, diz Lula em entrevista
Em entrevista à rádio CBN, presidente ressalta bom momento da economia nacional e detalha compromisso do Governo Federal com o controle fiscal, sem deixar de lado as políticas para a população mais humilde
Mais confiante do que nunca, o presidente Lula deu um show de otimismo, ou melhor, de confiança no projeto que tem desenvolvido no Planalto, a partir do plano de governo eleito pelo povo em 2022.
Em entrevista à rádio CBN na terça-feira (18), a despeito de estar em território onde se diz o contrário, Lula destacou o bom desempenho da economia brasileira, reafirmou o compromisso fiscal e os investimentos do Governo Federal para aprimorar a infraestrutura do país e melhorar a vida da população.
Aprendizado
“Eu aprendi com uma mulher analfabeta, que era minha mãe. Você não pode gastar o que você não tem, só pode gastar o que ganha. Se tiver que fazer uma dívida, tem que fazer para aumentar alguma coisa na sua vida. É assim que prezo a minha consciência política. Ou seja, temos que gastar corretamente aquilo que temos. É por isso que estamos fazendo um estudo muito sério sobre o orçamento”, declarou o presidente Lula.
O presidente frisou que está disposto a discutir o orçamento com parlamentares e setor empresarial, além de cortar gastos, se necessário, mas sem prejudicar a população mais humilde, que mais necessita do apoio do Estado. Ele lembrou o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, acima do que estimava o mercado, e o lançamento do Novo PAC, que prevê R$ 1,7 trilhão de investimento público e privado em infraestrutura.
Por esses motivos, demonstrou confiança de que a economia brasileira seguirá em expansão. “Não tenha dúvida de que, quando eu terminar o mandato, o Brasil vai estar muito bem — como esteve em 2010. A economia vai continuar crescendo, o emprego vai continuar crescendo, o salário vai continuar crescendo, a inflação vai estar controlada”.
Confira alguns dos principais trechos da entrevista do presidente à CBN:
Orçamento
“De vez em quando as pessoas jogam a responsabilidade dos gastos nas políticas sociais que você está implantando, que é para resolver a melhoria da qualidade de vida do povo. O que me deixa preocupado é que as mesmas pessoas que falam que é preciso parar de gastar são as pessoas que têm R$ 546 bilhões de isenção, desoneração de folha de pagamentos, isenção fiscal. Ou seja, são os ricos que se apoderam de uma parte do orçamento do país e se queixam daquilo que você está gastando com o povo pobre. Por isso que eu disse: não me venham querer que se faça qualquer ajuste em cima das pessoas mais humildes. Eu estou disposto a discutir o orçamento com a maior seriedade com Câmara, Senado, imprensa, empresários, banqueiros, mas para que a gente faça com que o povo mais humilde, o povo trabalhador, o povo que mais necessita do Estado não seja prejudicado, como em alguns momentos da história foi.”
Compromisso fiscal
“Não gosto de gastar aquilo que não tenho. Aprendi com uma mulher analfabeta, que era minha mãe. Você não pode gastar o que não tem, só pode gastar o que você ganha. Se tiver que fazer uma dívida, tem que fazer para aumentar alguma coisa na sua vida. É assim que prezo a minha consciência política. Ou seja, temos que gastar corretamente aquilo que temos. É por isso que estamos fazendo um estudo sério sobre o orçamento. Se tiver alguém recebendo o que não deve, vai parar de receber. Se tem alguém colocando dinheiro em lugar que não deva, vai parar.”
Crescimento
“Você tem um país que está com a economia crescendo acima daquilo que o mercado imaginou. Tem um país gerando mais empregos. Em 17 meses foram 2,4 milhões de empregos formais. Você teve a massa salarial crescendo 11,5%. Tem a situação muito boa do ponto de vista econômico, se comparar o Brasil que pegamos quando chegamos. Está tendo mais investimento, tem o PAC, são R$ 1,7 trilhão de investimento. O PAC está todo lançado, em andamento, e é por isso que eu digo que, este ano, é o ano da colheita. Não tenha dúvidas de que o Brasil vai terminar muito bem. Quando eu terminar o mandato, o Brasil vai estar muito bem — como esteve em 2010. A economia vai continuar crescendo, o emprego vai continuar crescendo, o salário vai continuar crescendo, a inflação vai estar controlada. Quase crescemos 3%, foram 2,9% (crescimento do PIB do Brasil em 2023). Agora, vamos crescer outra vez. Vamos crescer porque nós estamos fazendo com que a economia cresça. Criamos um programa de Nova Indústria Brasil para fazer investimento em indústria. Estamos tentando fazer investimento na bioeconomia. Estamos tentando trabalhar a transição energética com uma força extraordinária. Nunca um país teve tanta possibilidade no setor energético como agora. E não vamos jogar fora as oportunidades”