O PT ingressou na última quinta, 9 de dezembro, com um pedido investigação eleitoral contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o candidato a vice na chapa derrotada em 30 de outubro, general Braga Neto, sob a acusação de abuso do poder político e econômico. O caso está nas mãos do ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral eleitoral. A legenda pede que Bolsonaro e seu vice sejam condenados e declarados inelegíveis.

Ambos teriam cometido abuso de poder econômico ao conceder um “pacote de bondades” às vésperas das eleições de 2022. A denúncia é assinada pelos advogados Cristiano Zanin, Eugênio Aragão e Ângelo Ferraro. O objetivo do governo ao conceder o pacote de bondades é claro: “angariar votos e influenciar na escolha dos eleitores”.

Entre as medidas anunciadas pelo governo Bolsonaro com o objetivo de influenciar diretamente na eleição presidencial estão a concessão de vantagens a concursados das polícias federal e rodoviária federal, a antecipação dos repasses do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás durante o 2º turno, a inclusão de 500 mil famílias no Auxílio Brasil somente no mês de outubro e a antecipação de pagamentos de benefícios a caminhoneiros.

“No que tange ao abuso de poder econômico, por utilização de dinheiro público para fins eleitoreiros, além da comprovada má gestão dos cofres públicos, tem-se por evidente que, ao analisar cada benefício concedido, o atual governo gastou na ordem de R$ 60 bilhões de reais”, aponta os advogados que atuam no caso em nome de Lula. •

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