Mais um bolsominion no governo
Radical de direita, o novo ministro das Minas e Energia ameaça privatizar Petrobrás e Eletrobrás, ignora preços dos combustíveis e escancara entreguismo do Planalto
O Palácio do Planalto segue à risca a política de destruição institucional do país. Depois de distribuir radicais em postos-chave do governo, o presidente Jair Bolsonaro colocou mais um bolsominion na Esplanada dos Ministérios. O novo ministro do Meio Ambiente é Adolfo Sachsida, um economista de quinta categoria, escolhido a dedo pelo Planalto na equipe de Paulo Guedes. O novo minion da esplanada, que já defendeu a tese de que Adolf Hitler era de esquerda, assumiu jogando para a plateia.
“Meu primeiro ato como ministro de Minas e Energia será solicitar ao ministro Paulo Guedes, o presidente do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), que leve ao conselho a inclusão do PPSA (Pré-Sal Petróleo) no Programa Nacional de Desestatização”, anunciou o ministro. A sanha privatista voltou a fazer a alegria do mercado financeiro e da mídia corporativa.
“Ainda como parte do primeiro ato como ministro, solicito também o início dos estudos tendentes à proposição das alterações legislativas necessárias à desestatização da Petrobrás”, completou, sem apontar que faltam pouco mais de sete meses para as eleições que derrotarão o atraso e colocarão fim ao flagelo deste governo e livrará o país da agonia bolsonarista.
Sachsida também disse que quer trocar o atual regime de partilha na exploração do pré-sal, sancionado por Luiz Inácio Lula da Silva em 2010 após ampla discussão com a sociedade, pelo de concessões. E defendeu o avanço da privatização da Eletrobrás. A segunda parte do julgamento no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a venda da estatal elétrica está prevista para esta quarta-feira, 18.
Aluno e seguidor de Olavo de Carvalho, morto em janeiro deste ano, Sachsida foi o primeiro secretário da Política Econômica do Ministério da Economia. Em fevereiro, foi nomeado chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos de Paulo Guedes, o ministro da Economia, que legou ao país a maior inflação da história em 30 anos e mais de 13 milhões de desempregados. •