Governo das mentiras e dos retrocessos
Em pleno século 21, quando o mundo se conscientiza da importância da preservação ambiental, Bolsonaro age como um bárbaro dos tempos modernos. É o débil déspota dos trópicos a ser derrotado pelo povo nas eleições de outubro
O povo brasileiro vive uma tragédia diária com o governo Bolsonaro. O custo de vida sobe dramaticamente, o desemprego campeia, a renda diminui, a Amazônia e outros biomas são destruídos por criminosos que agem livremente, direitos sociais e trabalhistas são suprimidos.
A continuidade desse desastre só se sustenta através do trabalho do seu gabinete do ódio, que é o único que funciona na administração federal. Bolsonaro continua a impulsionar mentiras contra os adversários nas redes sociais, como ocorreu na campanha de 2018, e falsas realizações governamentais, com o objetivo de ofuscar a incompetência, a corrupção e a inoperância governamental. A máquina de fake news garante os retrocessos, mas a realidade pode ser atestada por números, que não sabem mentir.
A contagem mais assustadora é a das mais de 660 mil mortes por covid-19, na combinação macabra entre pandemia e Bolsonaro. Grande parte desses óbitos poderia ser evitada se o Brasil não estivesse nas mãos de um governo que despreza a vida e a importância das vacinas. E, ainda por cima, estimulou o uso de medicamentos ineficazes, como a cloroquina. Para coroar, ainda há a máquina de corrupção que funciona no Ministério da Saúde, identificada pela CPI do Senado Federal.
Em pleno século 21, quando o mundo se conscientiza da importância da preservação ambiental e está sob ameaça do aquecimento global, Bolsonaro age como uma espécie de bárbaro dos tempos modernos. Estimula a devastação, enfraquece e desmantela os órgãos de fiscalização ambiental, com a revogação de portarias de proteção e redução de pessoal.
Este governo da morte acabou com o Bolsa Família, o mais bem-sucedido programa mundial de combate à fome e à miséria, substituído por um demagógico Auxílio Brasil, que acaba no fim deste ano. Com isso, o país voltou ao vergonhoso Mapa da Fome das Nações Unidas, com mais da metade da população vivendo, hoje, em insegurança alimentar. Um fato inaceitável, já que o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo.
Na educação, o preconceito ideológico e o mercantilismo prevaleceram, com o MEC promovendo um ataque permanente à qualidade do ensino público. As universidades estão na penúria e as pesquisas científicas ameaçadas pelo abandono. Recentemente, foi descoberto um grande esquema de corrupção no Ministério da Educação comandado por pastores evangélicos ligados ao governo.
São incontáveis os retrocessos no país, como a dolarização dos preços dos combustíveis que fez os preços de gasolina, diesel e gás de cozinha explodirem. A política econômica não gera empregos e renda e o país tem mais de 27 milhões de desempregados ou subempregados, sem nenhum direito.
As perspectivas para os próximos meses são as piores possíveis. Prevê-se aceleração inflacionária, carestia interminável, redução do poder de compra dos assalariados e aposentados. Tantos retrocessos que chegará a hora em que nem a máquina de fake news vai conseguir ocultar essa realidade. Mas as eleições de outubro chegarão com a resposta do povo ao desgoverno: a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. •