Caminhoneiros largam o governo
Adesão de motoristas a atos antidemocráticos do bolsonarismo não passa de fake news. Entidades que representam a categoria dizem não apoiar movimento
Empresários do serviço de logística juram que terão apoio massivo para a adesão em peso de caminhoneiros aos atos radicais do bolsonarismo. Mas líderes da categoria rejeitam a proposta de se juntarem aos atos contra a democracia. Eles apontam que o sonhado apoio dos caminhoneiros não passa de fake news. Bolsonaro está isolado e vem perdendo rapidamente apoio.
Na sexta-feira, 3, representantes dos caminhoneiros anunciaram que não apoiam os ataques do presidente da República à democracia e às instituições, como o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral. E anunciaram que não participarão dos atos da próxima terça-feira, 7. Diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, disse que, se houver algum “barulho”, será devido ao grande poder econômico de empresas de logística e do agronegócio, donas de grandes frotas de caminhões.
Outro líder dos caminhoneiros, Wallace Landim, o Chorão, também declarou que sua entidade, a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), não apoia o ato. “Isso é coisa do Sérgio Reis, da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja) e do movimento intervencionista”, denunciou.
Não é difícil ver que a suposta adesão de caminhoneiros a Bolsonaro não passa de fake news. Com o preço dos combustíveis nas alturas, por culpa da política de preços adotada pela Petrobrás, a categoria não tem nada a comemorar.