O termo “vivandeiras de quartel” foi um epíteto cunhado pelo marechal Castelo Branco — o principal líder militar do Golpe de 1964 — para designar os civis que batiam às portas dos quartéis pedindo a instauração da ditadura e a deposição de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart.

Elas voltaram. Liderados pelo deputado cassado Roberto Jeferson (PTB-RJ), o pastor Silas Malafaia, o ex-senador Magno Malta (PTB) e o cantor sertanejo Sérgio Reis, um grupo de saudosos da ditadura, demonstrando completo desapreço pela democracia e pelas leis, ataca as instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal. Todos pregam o fechamento do STF, a destituição dos ministros e a instalação de um “regime de força”. Reis agora é alvo de inquérito na corte,

O Supremo reagiu às provocações e ameaças. Dado o caráter autoritário, negacionista e preconceituoso do bolsonarismo, as vivandeiras esperam alcançar o apoio das ruas. A resistência do TSE para a volta do voto impresso  e a derrota da proposta na Câmara não arrefeceu o ímpeto dos golpistas. Está marcada para o início de setembro manifestações organizadas por setores reacionários e do agronegócio.

Mas a iniciativa provocou um “racha” no agronegócio. O empresário Blairo Maggi, um dos maiores produtores de soja do mundo desautorizou a Abrasoja a falar em nome do setor. “O Galvan fala como se o setor inteiro do agronegócio e da soja assinasse embaixo de suas posições. E isso não é verdade”, declarou.