Depois dos protestos massivos ocorridos em todas as capitais em 3 de julho, oposição convoca novos atos para pressionar a Câmara pela abertura do impeachment

 

Movimentos sociais e organizações de esquerda marcaram para 24 de julho, sábado, novo ato contra o governo do presidente Jair Bolsonaro, depois de levarem 800 mil pessoas às ruas no sábado passado, dia 3, em 346 cidades do Brasil e no exterior.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na terça-feira, 6, que não há, por ora, nenhum fato novo que tenha ligação direta com Bolsonaro e que justifique a abertura de um processo de impeachment. Cabe a Lira avaliar um dos mais de 120 pedidos de afastamento do presidente.

No mesmo dia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em entrevista para a Rádio Salvador FM, que considera possível o impeachment caso haja pressão na Câmara. Ele lembrou que, na semana anterior, um superpedido de impeachment foi apresentado.

“O impeachment já poderia ter acontecido porque já teve mais 120 pedidos de impeachment e não foi colocado nenhum em votação”, criticou. “Agora tem um grande pedido, assinado por centenas de entidades, num único processo, vamos ver se o presidente da Câmara coloca em votação”, cobro PT e demais legendas da oposição mantém críticas à decisão de Lira de sentar em cima do

Agremiações políticas de direita — que apoiaram a eleição de Bolsonaro em 2018 — marcaram para 12 de setembro um protesto nacional pelo impeachment de Bolsonaro. A convocação tem o apoio de outros partidos de direita, como Novo e PSL. Os atos estão previstos para São Paulo, Brasília, Rio e Belo Horizonte.

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