Dezenas de milhares de pessoas em mais de 200 cidades brasileiras foram às ruas no sábado, 29 de maio, para dizer ao mundo que o genocida Bolsonaro faz mal ao povo brasileiro e deve ser afastado do cargo o mais rápido possível. O descaso com a vida das pessoas está evidente no desprezo com que trata o combate à pandemia de Covid-19, que já matou quase mais de 470 mil pessoas no país, na política econômica ultraliberal que não gera empregos e nem renda, e na destruição do meio ambiente e dos direitos sociais e trabalhistas.

Na Câmara dos Deputados, estão engavetados 121 pedidos de impeachment. Já passou da hora de esse processo ser aberto. É inadmissível que a Casa do Povo ignore a pressão popular para afastamento do capitão. Crimes não faltam. O povo brasileiro disse: nós precisamos fazer o impeachment antes que o Brasil entre definitivamente no abismo.

O atual governo destrói sonhos, provoca mortes e chega ao cúmulo de comemorar um crescimento pífio do PIB, muito abaixo dos países que implementaram políticas sérias de combate à pandemia. O desemprego, o subemprego e o desalento atingem dezenas de milhões de pessoas. A fome voltou. O aumento dos preços do gás de cozinha, dos combustíveis em geral, dos alimentos e dos produtos necessários à sobrevivência já virou pesadelo dos trabalhadores e da classe média e o governo ignora essa realidade, seguindo a sanha privatista de adoração ao “deus mercado”.

 

O povo reagiu exigindo vacina no braço, comida no prato, emprego, renda e respeito aos direitos e conquistas civilizatórias

 

 

Os manifestantes da esquerda e das forças progressistas seguiram as normas sanitárias preconizadas pela ciência – não se viu um manifestante sem máscara! – e gritaram ao genocida presidente que a vida vem antes de tudo. O povo não aceita o negacionismo e a inoperância do governo militar para vacinar a população brasileira e pôr um freio à expansão da Covid-19 no país.

A CPI do Senado, que apura a irresponsabilidade e as omissões do governo Bolsonaro no combate à pandemia ganhou apoio inequívoco. É preciso apurar tudo e indiciar quem cometeu crime e negligenciou a vida do povo brasileiro. As provas já se acumulam: a vacinação em massa poderia ter sido iniciada ainda em 2020 e isto só não aconteceu porque Bolsonaro não quis. Também está nitidamente evidenciada a opção genocida pela imunidade de rebanho, que, segundo cálculos de especialistas, só seria alcançada com a morte de mais de 1,5 milhão de brasileiros.

Sim, o povo reagiu exigindo vacina no braço, comida no prato, emprego, renda e respeito aos direitos e conquistas civilizatórias, bandeiras opostas à agenda de Bolsonaro.

Agora, cabe ao Congresso ouvir o grito das ruas: atuar para diminuir as mazelas do povo aprovando a pauta do Renda Emergencial de forma a garantir R$ 600 de benefício, como foi no ano passado. E, o mais importante de tudo, abrir o processo de impeachment, já. E impedir que o capitão continue com sua política de extermínio do povo brasileiro.