PT Solidário: a luta por comida no prato de todos!
Por Camila Moreno *
A situação do país é muito grave. Enfrentamos um governo ultraliberal, neofascista, que tem um projeto de morte e mata nosso povo de fome e de Covid. Mais da metade da população brasileira está em situação de insegurança alimentar. São 116,8 milhões de pessoas que, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, não tem certeza se haverá comida suficiente em casa no dia seguinte. É gente que precisou diminuir a qualidade e a quantidade de alimentos que consomem ou estão passando fome.
As consequências das políticas neoliberais de Bolsonaro são revoltantes: 19 milhões de brasileiros passaram fome em 2020. Isso representa 9% da população brasileira. É a maior taxa desde 2004 e quase o dobro do que havia em 2018.
Diante desse revoltante quadro, nós, do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, com consciência do nosso propósito, de estar sempre junto ao povo brasileiro, construímos a Campanha PT Solidário. Uma grande ação nacional de solidariedade para arrecadar e doar alimentos para a população em vulnerabilidade.
As ações de solidariedade não são uma novidade na história do PT. Em 1993, Betinho, ao lado de Lula, organizou a Ação da Cidadania, que foi o maior movimento solidário de combate à fome da nossa história. Ele organizou uma extensa rede de mobilização formada por comitês locais da sociedade civil organizada, em sua maioria composta por lideranças comunitárias, mobilizando o país no enfrentamento à fome.
Não é por acaso que o flagelo da fome no Brasil só foi superada no governo Lula, por meio de políticas sociais, de segurança alimentar, de transferência de renda e de geração de empregos. Tudo isso foi paralisado com o Golpe que retirou Dilma Rousseff. O impeachment fraudulento também tirou direitos do povo e a falta de comida voltou a assombrar a população. E por isso voltamos a o Mapa da Fome da ONU. Eis o exemplo da diferença que faz um governo do PT.
Com o descaso do governo Bolsonaro no tratamento da pandemia, a aplicação das políticas neoliberais e o fim do auxílio emergencial de R$ 600, a situação do país tornou-se ainda mais grave. A cada dia brasileiros perdem seus empregos e ficam sem renda e o básico para a sobrevivência, o direito à alimentação.
Assumi a coordenação da campanha com responsabilidade, em conjunto com a Direção Nacional do PT. Envolvemos todas as Secretarias Nacionais, as Setoriais, os mandatos, os Diretórios Estaduais e Municipais do partido e principalmente, a militância petista. Ela atendeu ao chamado. Juntos, construímos uma campanha que mostra o enraizamento, a capilaridade, a generosidade dos petistas e explicam porque somos patrimônio da classe trabalhadora. Trata-se de uma campanha permanente, até que ninguém mais passe fome no Brasil.
No primeiro dia de ação nacional da campanha, em 17 de abril – Dia Internacional da Luta Camponesa, de memória e resistência do “Massacre de Eldorado dos Carajás” –, doamos mais de 100 toneladas de alimentos. E, no segundo dia nacional, no 1º de Maio – Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras –, doamos mais de 300 toneladas. E assim seguiremos, junto aos movimentos sociais, trabalhando para atravessar esse momento difícil, semeando generosidade para vencer o ódio que se instalou no nosso país. Fazemos isso com muita solidariedade nos corações e mentes, para vencer o neofascismo, o neoliberalismo e a fome.
* Coordenadora nacional da Campanha PT Solidário