O grupo jurídico Prerrogativas, composto por advogados e juristas, se manifestou na segunda-feira, 5 de abril, sobre artigo do colunista Merval Pereira, no jornal O Globo, no qual apontou que o ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, poderia vir a reverter sua decisão do início de março, quando anulou todas as decisões processuais tomadas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo então juiz titular da Justiça Federal do Paraná, Sérgio Moro, dentro da Operação Lava Jato.

Em sua coluna dominical, Merval Pereira acabou se excedendo e abusou do opinionismo político. O Prerrogativas denunciou que o jornalista acabou “lançando uma pecha de inidoneidade sobre o comportamento do ministro”. Diz a nota do grupo de juristas: “Não é admissível a julgador algum empreender ‘manobras’ com a finalidade de fazer prevalecer artificialmente os seus pontos de vista em relação a litígios sob sua responsabilidade”.

Em outro trecho da nota divulgada à imprensa, os membros do Prerrogativas dizem o seguinte: “​Convém assinalar que, ao julgar monocraticamente o habeas corpus no qual enfim foi reconhecida a absoluta incompetência do juízo criminal federal de Curitiba para apreciar denúncias contra o ex-presidente Lula, o ministro Fachin concretizou uma decisão, tal como postulado por seus competentes advogados constituídos desde sempre”.