Bolsa e dólar em movimento histórico: Ibovespa bate novo recorde e moeda dos EUA cai ao menor nível em 17 meses
Ibovespa atinge 157,7 mil pontos com a maior sequência de altas desde 1994 e dólar fecha abaixo de R$ 5,30. Números reforçam otimismo com a inflação em queda e possível recuo nos juros

Foto: Agência Brasil
Em meio a uma conjunção de fatores internos e externos, a economia brasileira viveu nesta terça-feira (11) um dia simbólico de confiança nos fundamentos do país. Pela 15ª vez consecutiva, o Ibovespa fechou em alta, subindo 1,6% e atingindo 158.749 pontos, o maior nível da história e o 12º recorde seguido do índice da B3.
No câmbio, o dólar comercial recuou 0,64%, encerrando a sessão a R$ 5,273, no menor valor desde 6 de junho de 2024. A moeda já acumula queda de 1,99% em novembro e 14,68% no acumulado de 2025.
A sequência de recordes e a valorização do real ocorrem mesmo após o tarifaço imposto por Donald Trump, que sobretaxou produtos brasileiros como aço e alumínio. A despeito do impacto com um dos principais parceiros comerciais do país, o cenário doméstico tem dado motivos de bom humor para os mercados.
Cenário interno fortalece a confiança
O IPCA de outubro subiu apenas 0,09%, menor índice para o mês desde 1998. Em 12 meses, a inflação ficou em 4,68%, dentro da meta do Banco Central (BC). O dado surpreendeu positivamente o mercado, reforçando expectativas de que o Copom antecipe o início da queda da Selic em 2026.
A ata divulgada nesta terça-feira reforçou a tese. Apesar de manter a taxa em 15% ao ano por período prolongado, o BC reconheceu melhora nos núcleos de inflação e retirou o alerta de que estariam acima da meta. Com isso, os juros futuros recuaram, o que estimula a migração de investimentos para ativos de risco.
Ambiente externo também contribui
No cenário internacional, o avanço das negociações no Congresso dos EUA para encerrar o shutdown (paralisação temporária de serviços e pagamentos do governo dos Estados Unidos quando o Congresso não aprova o orçamento a tempo) ajudou a reduzir a percepção de risco fiscal e pressionou o dólar globalmente. O índice DXY, que compara a moeda americana com outras, caiu 0,32%.
Também conhecido como Dollar Index, o índice DXY mede a força do dólar dos Estados Unidos em comparação com uma cesta de seis moedas estrangeiras: euro, iene japonês, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço.
O euro também se desvalorizou frente ao real, fechando a R$ 6,108, no menor patamar desde fevereiro. O otimismo global também reforça a atratividade de mercados emergentes como o Brasil.
Com informações do Banco Central e da Agência Brasil



