‘No kings’: milhões protestam contra Trump em defesa de direitos constitucionais nos EUA
Movimento “No Kings” mobiliza quase 7 milhões de pessoas em mais de 2.700 atos dentro e fora dos Estados Unidos contra o autoritarismo e ataques à Primeira Emenda

Multidões tomaram as ruas de várias cidades dos Estados Unidos e do exterior no sábado (18/10) em protestos do movimento “No Kings”, em oposição ao governo de Donald Trump e em defesa dos direitos garantidos pela Primeira Emenda da Constituição norte-americana, como a liberdade de expressão e de imprensa.
De Los Angeles a Nova York, passando por Chicago, Washington D.C. e Austin, no Texas, os manifestantes marcharam com cartazes e entoaram palavras de ordem como “Queremos que todo o governo funcione” e “Torne a América boa novamente”, uma paródia ao lema de campanha de Trump.
Maior mobilização desde junho
Segundo os organizadores, cerca de 7 milhões de pessoas participaram das manifestações em mais de 2.700 atos — dois milhões a mais que na rodada anterior de protestos, realizada em junho. O movimento de 18 de outubro já é considerado o terceiro maior da história dos EUA em número de participantes, segundo dados compilados por páginas colaborativas de registro público.
A mobilização contou com a presença de diversas figuras de Hollywood, como Jimmy Kimmel, Spike Lee, Robert De Niro, Pedro Pascal e Glenn Close, que manifestaram repúdio ao autoritarismo e às ações do governo Trump.
Reação polêmica de Trump
Em resposta às manifestações, Donald Trump publicou um vídeo em suas redes sociais em que aparece pilotando um avião que despeja fezes sobre uma multidão, imagem que gerou indignação e ampla repercussão internacional.
O vídeo, considerado ofensivo, foi denunciado por diversos veículos de imprensa e plataformas digitais como incitação ao ódio e ataque simbólico à população civil.
Com informações da Euronews e NBC/USA