A Revista Focus Brasil desmonta as fake news da extrema direita e explica, ponto a ponto, como funciona o projeto

Justiça fiscal: a verdade sobre as mudanças no Imposto de Renda
Foto: Agência Brasil

O Imposto de Renda da Pessoa Física deve passar por uma das maiores mudanças das últimas décadas. O projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso amplia a faixa de isenção para todos os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês. Se aprovado, o novo modelo entra em vigor em 2026 e representará um marco histórico de justiça fiscal, com alívio direto para a classe média e para milhões de brasileiros que ainda pagam imposto mesmo com salários baixos diante do custo de vida.

A proposta integra uma agenda mais ampla de reforma tributária progressiva, que busca corrigir distorções de um sistema que historicamente penaliza os mais pobres. Para compensar a ampliação da isenção, o governo prevê a tributação de dividendos, lucros distribuídos e super-rendimentos, hoje pouco ou nada tributados. A lógica é simples: quem ganha menos paga menos ou nada; quem ganha muito contribui mais.

Segundo o Ministério da Fazenda, o número de trabalhadores isentos pode subir de 10 milhões para 20 milhões de pessoas. Além do impacto social, a medida deve estimular o consumo interno e fortalecer a economia ao aumentar o poder de compra das famílias. Para especialistas, trata-se de uma correção de rota que aproxima o Brasil de padrões internacionais de justiça tributária.

O debate, no entanto, tem sido contaminado por fake news e campanhas de desinformação ligadas a grupos da extrema direita. As narrativas falsas tentam pintar o projeto como inviável ou populista. A Focus Brasil reuniu os principais boatos e apresenta abaixo o que é mito e o que é verdade.

Fake news e verdades sobre o Imposto de Renda

Fake news: “A alíquota máxima do IR vai subir para 35%.”
Verdade: A alíquota máxima continua em 27,5%. Não há aumento para 35%.

Fake news: “O governo está criando um novo imposto.”
Verdade: Nenhum imposto inédito foi criado. O projeto prevê a tributação de rendimentos que hoje têm isenção, como lucros e dividendos, e de super-rendimentos.

Fake news: “Todo mundo vai pagar mais imposto.”
Verdade: Com a nova regra, até 20 milhões de contribuintes terão isenção ou desconto. Apenas quem tem rendimentos muito elevados poderá pagar mais.

Fake news: “A isenção para quem ganha até R$ 5 mil já está valendo.”
Verdade: A medida ainda depende da aprovação do Congresso e só entra em vigor em 2026.

Fake news: “É uma medida populista que só prejudica os ricos.”
Verdade: O objetivo não é punir os mais ricos, mas garantir equilíbrio: os que ganham menos ficam desonerados; os que ganham mais contribuem de forma justa.