Presidente da Fundação Perseu Abramo conclama dirigentes a planejarem a próxima etapa da luta em defesa e vitória da democracia e da soberania do país

“Nós vamos voltar para casa para construir o melhor partido”, afirma Paulo Okamotto no 17º Encontro do PT

“Se todo esse movimento, esse processo que nós fizemos, ao retornar para as nossas casas, ser letra morta, então não terá valido à pena”, ponderou Paulo Okamotto em seu discurso no último dia do 17º Encontro Nacional do PT. O presidente da Fundação Perseu Abramo conclamou ação concreta dos dirigentes e destacou o papel do partido na defesa da democracia.

Presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA), Okamotto exaltou o papel dos dirigentes do partido na construção da resistência democrática e destacou a importância de transformar a tese aprovada no encontro em ação concreta nos territórios.

O momento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do novo presidente nacional do PT, Edinho Silva, e de outras lideranças partidárias presentes no palco.  

Ao saudar a militância, Okamotto lembrou as lutas históricas contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e pela libertação de Lula, e mirou no futuro: pediu que cada dirigente eleito volte para sua base com a responsabilidade de organizar a ação política local.

PT

“Cada dirigente que está aqui vai ter que pensar no que fazer a partir de agora, porque se todo esse movimento, esse processo que nós fizemos, ao retornar para as nossas casas, ser letra morta, então não terá valido à pena”, afirmou Okamotto.

Paulo Okamotto fez questão de agradecer “o trabalho extraordinário” de Gleisi Hoffmann à frente do partido, elogiou a atuação de Humberto Costa na transição e desejou sucesso a Edinho Silva, destacando “essa militância extraordinária que você vai poder dirigir pelos próximos quatro anos”.

No fim do discurso, Okamotto reforçou o chamado à ação e à responsabilidade de cada dirigente ao voltar para casa. “A pergunta que eu faço agora para vocês, como fiz em outras vezes: vocês estão preparados para esta tarefa, companheirada? Então a vitória é certa. Vamos à luta”, disse, sob aplausos.

Leia o discurso de Paulo Okamotto na íntegra:

“Eu queria cumprimentar a nossa companheira Gleisi Hoffmann e, em nome dela, cumprimentar todos os nossos dirigentes. 

Também gostaria de agradecer à companheira Gleisi pelo trabalho extraordinário feito durante esses anos todos dirigindo o Partido dos Trabalhadores, talvez durante as mais difíceis lutas que já enfrentamos. A luta para impedir o impeachment da companheira Dilma e também a luta para libertar o companheiro Lula, durante a campanha Lula Livre.

Queria cumprimentar o companheiro Humberto Costa pela atuação nos últimos meses [durante a presidência interina do PT], fazendo a transição do nosso partido. 

Também queria cumprimentar o companheiro Edinho, que está vendo aqui, neste encontro, essa militância extraordinária que você vai poder dirigir pelos próximos quatro anos.

Queria cumprimentar aquele que é uma inspiração para todos nós que estamos aqui: o companheiro Luiz Inácio Lula da Silva é a sua companheira Janja da Silva.

Bom, pessoal, eu gostaria de desejar para cada um de vocês um grande retorno para os seus lares, cidades e estados. Mas antes de desejar um bom retorno eu quero lembrar porque vocês estão aqui. 

Cada delegado e cada delegada que aqui estão, teve que conversar com muita gente, teve que disputar com muita gente, pra poder ter a honra de decidir o destino deste partido.

Cada delegado e cada delegada que aqui está sabe que aprovamos uma extraordinária tese capaz de enfrentar a luta dos próximos quatro anos. 

Então, cada um de vocês que fizeram um enorme sacrifício pra chegar até aqui, ao retornar para casa, tem que fazer uma coisa mais difícil ainda. Cada dirigente que está aqui vai ter que pensar no que fazer a partir de agora, porque se todo esse movimento, esse processo que nós fizemos, ao retornar para as nossas casas, ser letra morta, então não terá valido à pena.

Mas eu tenho certeza, pela qualidade da nossa militância, e pela qualidade dos nossos dirigentes, que nós vamos voltar para casa para fazer o melhor partido que a gente consegue fazer. 

Eu tenho certeza de que, ao voltar para casa, nós vamos discutir nos nossos diretórios, nos nossos núcleos, qual é a nossa tarefa. Eu tenho certeza de que todos os dirigentes vão planejar os próximos períodos, vão montar um plano de ação para garantir a vitória da democracia, para garantir a soberania da nossa pátria. E só nós, só a esquerda brasileira pode garantir isso. 

A pergunta que eu faço agora para vocês, como fiz em outras vezes, vocês estão preparados para esta tarefa, companheirada? Então a vitória é certa. Vamos à luta”.

Paulo Okamotto, presidente da Fundação Perseu Abramo