Na abertura do 17º Encontro do PT, presidente do partido denuncia genocídio em Gaza; embaixador palestino agradece apoio de Lula à causa

Humberto Costa: “a militância declara sua solidariedade ao povo palestino”
Foto: Agência PT de Notícias

Com a presença de cerca de mil delegados e delegadas de todo o Brasil, teve início nesta sexta-feira (1º), em Brasília, o 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores. Ao longo de três dias, lideranças petistas debaterão os rumos do partido e os desafios do próximo período. 

Humberto Costa, senador e atual presidente nacional do PT, conduziu a abertura do evento ao lado do presidente eleito, Edinho Silva, e dos dirigentes Romênio Pereira, Mônica Valente, Valter Pomar e Misiara, além do embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben. Em sua fala, Humberto leu uma carta de apoio do partido ao povo palestino.

O senador reafirmou a posição histórica do PT em defesa da causa palestina e denunciou o que classificou como genocídio praticado por Israel contra a população de Gaza e da Cisjordânia. Segundo ele, é inaceitável o silêncio diante da morte de milhares de civis, incluindo mais de 18 mil crianças, vítimas de bombardeios, da fome e de doenças provocadas pelo bloqueio imposto por Israel. “Não se trata de uma guerra, mas de um genocídio premeditado”, afirmou, citando o presidente Lula.

Costa também criticou o apoio internacional ao complexo industrial-militar israelense, que alimenta os ataques e perpetua as violações aos direitos humanos. E lembrou que até ex-líderes de Israel já reconheceram os crimes cometidos pelo governo de Benjamin Netanyahu.

Solidariedade com os oprimidos

Em seguida, Ibrahim Alzeben foi convidado a discursar. Visivelmente emocionado e muito aplaudido, o diplomata elogiou o histórico de luta do PT e o apoio de Lula ao povo palestino, massacrado há mais de 20 meses pelas forças armadas de Israel.

“É com o coração cheio de gratidão, de resistência, que estou aqui entre vocês nesse Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, para trazer uma saudação em nome de todos os palestinos. Uma mensagem simples, mas carregada de dor, de esperança e de resiliência: muito obrigado, PT, muito obrigado, Brasil. Desde sua fundação, o partido tem sido mais que um partido, tem sido uma trincheira de luta, de solidariedade com os povos oprimidos do mundo, especialmente com o povo palestino”, agradeceu o embaixador.

O 17º Encontro Nacional do PT segue até domingo (3). A partir de sábado (2), acolherá debates sobre democracia, justiça social e soberania, além da posse de Edinho Silva na presidência do partido. As discussões reafirmam o compromisso do PT com os direitos humanos, a soberania nacional, a solidariedade internacional e o enfrentamento à extrema direita.

(Leia a íntegra da carta de apoio do PT à causa palestina)

Em defesa do povo palestino

Não é possível virar os olhos às mortes de crianças em Gaza pelos bombardeios de Israel há mais de 20 meses, e agora pela fome e doenças produzidas pelo bloqueio israelense. São crianças, um terço dos 55 mil palestinos mortos em Gaza e na Cisjordânia.

No último dia 5 de junho de 2025, o presidente Lula declarou que, na região, não se trata de uma guerra, mas de “um genocídio premeditado”. Todavia, ainda há no mundo inteiro quem compre, venda e subsidie o complexo industrial-militar de Israel, como se isso fosse normal.

O governo de Benjamin Netanyahu é acusado de “crimes de guerra” até por ex-embaixadores e ex-primeiros-ministros israelenses. Os crimes agora incluem assassinar civis desarmados e famintos, que buscam auxílio humanitária e recebem balas e bombas.

Por tudo isto, a militância presente ao Encontro nacional do Partido dos Trabalhadores declara sua irrestrita solidariedade ao povo palestino. E endossa a moção assinada em Porto Alegre pelos quatro candidatos à presidente do PT no PED 2025: de acordo com os compromissos históricos do PT que todos reivindicamos, endossamos a nota do Conselho Nacional de Direitos Humanos de 6 de junho de 2025, e solicitamos ao presidente Lula para que intervenha em favor da suspensão de relações diplomáticas e comerciais com o governo de Netanyahu.

Viva o povo Palestino! 

Brasília, 1 de agosto de 2026