Brasil quita R$ 1,3 bilhão em obrigações internacionais e reafirma compromisso multilateral
Ministério do Planejamento informa que país regularizou pendências com 62 organismos globais, incluindo ONU, OMS e Banco Mundial

O governo brasileiro quitou R$ 1,3 bilhão em obrigações com mais de 60 organizações internacionais ao longo de 2025, reforçando seu compromisso com o multilateralismo, a integração regional e a cooperação global. A informação foi divulgada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento como parte do esforço para restabelecer a credibilidade do Brasil no cenário internacional, após anos de inadimplência em diversas instâncias.
Entre os organismos contemplados estão a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Banco Mundial, a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Tribunal Penal Internacional (TPI) e entidades científicas e ambientais de destaque, como a CMS e o CERN. Os recursos foram utilizados para regularizar a participação do país em áreas estratégicas, como saúde pública, pesquisa, meio ambiente, segurança internacional e desenvolvimento sustentável.
Compromissos com a ONU e missões de paz
A maior parte do valor quitado foi destinada à ONU, incluindo o orçamento regular e contribuições específicas para missões de paz e órgãos subsidiários. O Brasil também retomou sua posição regular em agências importantes como a Agência Internacional de Energia Atômica e a Comissão Preparatória para a Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares. A regularização garante ao país voz ativa, voto deliberativo e acesso a mecanismos de cooperação técnica, financiamento e governança global.
Ciência, meio ambiente e integração latino-americana
Outra frente importante foi a quitação de pendências junto a organismos de cooperação científica, como o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN), e em acordos multilaterais ligados à preservação ambiental, como a Convenção sobre Espécies Migratórias (CMS) e a Convenção sobre Combate à Desertificação (UNCCD). O movimento fortalece a posição do Brasil na preparação para a COP 30, que será realizada em Belém em 2025, e sinaliza alinhamento com metas de transição ecológica e desenvolvimento sustentável.
Bancos multilaterais e financiamento para o desenvolvimento
No campo econômico, o governo também avançou na integralização de cotas junto a bancos multilaterais de fomento, como o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), o Fonplata e a Corporação Financeira Internacional (IFC), ligada ao Grupo Banco Mundial. Ao quitar essas obrigações, o Brasil assegura sua presença plena em decisões estratégicas e melhora as condições para a atração de investimentos voltados à infraestrutura, à inovação e à redução das desigualdades.
A quitação das pendências faz parte de uma política ampla de recuperação da imagem internacional do Brasil e de reposicionamento nos principais fóruns multilaterais. Segundo o governo, os pagamentos serão mantidos de forma contínua, com previsibilidade e responsabilidade fiscal.
Com informações da Secom da Presidência da República e da Agência Brasil