“Elegemos presidente, mas não base”, diz Wagner sobre desafios de Lula e prioridade em eleger senadores progressistas em 2026. Para o Senador, o presidente Lula é  “candidatíssimo” em 2026. “Ele está muito bem, faz atividade física todo dia, ou seja, ele está, na minha opinião, em ‘ponto de bala’ para ser candidato”, diz.


Jaques Wagner: ‘não existe plano B para a eleição de 2026’
Valter Campanato/Agência Brasil

Ex-governador da Bahia, reeleito com quase 70% dos votos em 2010, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, participa de processos eleitorais desde 1990, considera que o calendário eleitoral brasileiro gera uma “falta de fôlego” para pensar em questões estruturantes para o país. Ele prevê uma polarização entre o campo progressista e o grupo ligado ao ex-presidente golpista, com os partidos divididos nacionalmente. A formação de alianças para 2026 ainda não está clara e será um “contencioso muito grande”.

Ele reconhece que a relação com o Congresso é complexa, com uma base governista que nem sempre está alinhada e uma oposição “muito fanatizada”. Avalia que a imprensa e as redes sociais têm um grande peso e influenciam os parlamentares, especialmente em um ano pré-eleitoral, mas afirma que o governo tem avançado na aprovação de projetos importantes, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária.

Nesta entrevista para a Revista Focus, o Senador Jaques Wagner apresenta um panorama da situação política atual, destacando os desafios do governo, as negociações com o Congresso e as expectativas para as eleições de 2026. Ele enfatiza a importância de garantir uma base de apoio forte no Senado e de combater a desinformação e a polarização política.

Gostaria de pedir para o senhor um balanço sobre a bancada do PT no Senado, qual a pauta nesse momento e quais seriam as prioridades para o PT e para o governo?

Bom, eu trato mais das prioridades do governo, como líder do governo. Nós estamos tratando agora fundamentalmente dessa questão do IOF. Fizemos ontem, 8/06, uma bela reunião com o presidente da Câmara e do Senado e todos os líderes da Câmara e do Senado que são da base de sustentação do governo. Foi uma reunião longa de cinco horas, muito produtiva, com a participação do ministro Fernando Haddad, a ministra Gleisi Hoffmann, e dali saíram algumas ideias que ainda serão formalizadas. Uma delas seria a mudança do decreto sobre o IOF, indo ao encontro do que muitos parlamentares reclamaram, ou seja, vamos retirar e preparar um novo decreto, com menos aumento de alíquotas e, em compensação, serão introduzidas em uma medida provisória e projeto de lei matérias que poderão compensar, porque tudo depende de poder manter o chamado ajuste fiscal às contas públicas. Já houve um contingenciamento de R$ 31 bilhões, por conta exatamente desse descompasso entre despesa e receita. 

Eu queria só lembrar que a nossa receita, na verdade, caiu, a despesa também está menor do que era em anos anteriores. Então, se faz muito discurso de que é um ‘governo da gastança’, mas os números em relação ao PIB não mostram isso, e repito, ao contrário, as despesas estão menores, mas há um descompasso com a receita, comparando com períodos anteriores, por isso, essa medida foi necessária. Saímos de lá com um grau de concordância razoável, é evidente que a medida ainda vem para o Congresso e essa é a prioridade do governo nesse momento. 

Sobre o decreto do IOF e outras medidas de equilíbrio das contas públicas: como fica o governo? Há sempre essa percepção de que quem cede é o governo. O presidente da Câmara, Hugo Motta, disse que “não tem compromisso de aprovar”, e ainda há a questão das emendas. Isso entra nessa conta? É parte da negociação? Parece que o governo sempre recua.

Eu não considero a declaração do presidente Hugo Motta da mesma forma, não faço uma interpretação literal do que ele disse. Quando ele diz que ele não pode ter compromisso, que ele ainda vai submeter, é óbvio que vai ter sempre o chamado ‘estica e puxa’, mas vamos submeter à oposição ao governo no Congresso, na Câmara e no Senado. É claro que a questão das emendas está sempre presente, muitas delas não foram pagas neste primeiro semestre por uma série de problemas, inclusive pela decisão do Supremo Tribunal Federal. Então, sempre fica esse mal-estar de que os parlamentares estão cobrando o pagamento das emendas. Eu não diria que sempre a gente tem que recuar, mas sou obrigado a concordar que nós temos uma base que, muitas vezes, se movimenta a depender do tema que está em julgamento. Então, é um outro momento, nós temos aqui uma oposição muito fanatizada que tenta sempre atrapalhar e obstruir aquilo que o governo quer fazer, esse é o jogo do dia-a-dia aqui na Câmara e no Senado. 

Mas, de qualquer forma, se você olhar para trás, desde inclusive na PEC da transição que foi votada antes mesmo do presidente Lula se sentar na cadeira, nós aprovamos muitas coisas que foram importantes, repito, a começar pela própria PEC da transição. Agora, nem sempre sai como você desejava. Mas, no jogo democrático, é isso mesmo. Nós não temos, neste momento, uma base que diga que está aí para qualquer coisa, sempre há uma discussão, inclusive, com a base de sustentação do governo e daí, vamos fazendo as negociações necessárias para aprovar. Repito, nem sempre você aprova exatamente o que o governo queria. Mas, de qualquer forma, temos avançado: aprovamos o arcabouço fiscal, aprovamos a reforma tributária, ou seja, são vários projetos e várias emendas condicionais que foram aprovadas com a base que nós temos. Agora, tem matérias que são polêmicas e, portanto, a gente tem que negociar.

Essa relação com o Congresso é mais influenciada pela imprensa, que muitas vezes apresenta o governo como acuado? Isso também impacta a popularidade do presidente Lula? O senhor acaba de dizer que houve avanços, mas parece que o governo está sempre a reboque da narrativa da imprensa. Isso procede?

Não, eu não acho isso, não concordo com essa afirmação. É óbvio que hoje a presença das redes é extremamente forte e influencia muitos parlamentares, e é bom lembrar que nós estamos em um ano pré-eleitoral. O calendário eleitoral do Brasil, na minha opinião, é muito ruim. Eu, pessoalmente, sou favorável a mandatos de cinco anos sem reeleição e com coincidência de eleições de vereador até presidente da República. Nós acabamos de sair de uma eleição em 2024 e o assunto que ocupa o diálogo aqui dentro do Congresso Nacional já é a eleição do ano que vem, gerando essa falta de fôlego para pensar em coisas mais estruturantes para o país, estamos sempre em cima de alguma coisa e aí quando vai chegando o período pré-eleitoral está todo mundo nessa vibe, ninguém quer votar nada que acha que possa desgastar a sua base eleitoral, então isso é uma dificuldade. É óbvio que a imprensa tem um peso, as organizações do mercado financeiro, da indústria, do agronegócio, todas elas têm bases aqui no Congresso Nacional. Então nós vivemos uma situação bem diferente do que a gente viveu nos primeiros oito anos do governo do presidente Lula, onde a base, eu diria, era muito mais compacta, hoje eu não diria que a nossa base é semelhante à que já tivemos. E as formas, na verdade, de atuação da oposição com ascendências da extrema direita no mundo inteiro, ela se reflete aqui dentro também com as chamadas fake news, com uma lógica muito fanatizada misturando política com religião. Depois dos quatro anos do ex-presidente, a relação com o Congresso acabou ficando muito, eu diria, comercializada devido a essa questão que você já se referiu, das emendas que hoje chegam na casa dos R$ 55 bilhões. Ou seja, tiram uma parte discricionária do governo muito forte, e é óbvio que isso cria dificuldade para o presidente Lula cumprir todos os seus compromissos sociais. Tem também outras áreas que são sempre de beligerância, como, por exemplo, a área ambiental, acabou de ser votado o licenciamento ambiental com uma série de itens que afrontam o nosso conceito de preservação com desenvolvimento ou desenvolvimento com preservação, mas é a conta da base que temos aqui. Infelizmente, o quadro que vivemos é esse. Elegemos um presidente, mas não elegemos uma base de sustentação, essa é a dificuldade que a gente vive o tempo todo. O presidente Lula está consciente dela. E a gente agora sob o comando da ministra Gleisi Hoffmann, que assumiu as nossas Relações Institucionais, eu no Senado, José Guimarães na Câmara e o Randolfo Rodrigues no Congresso. Mas, como se diz aqui, a vida é dura. Não está fácil porque você tem uma oposição, repito, com a ascensão da extrema direita muito mais fanatizada e disposta a comprar todo tipo de brigas. A imprensa influencia, mas eu diria que tem uma coisa aqui dentro mesmo, na base da qualidade ou da posição ideológica dos senadores e deputados eleitos.

O senhor mencionou sobre o clima de campanha permanente de campanha, que já vem desde 2022, e recentemente, o senhor declarou a sua a intenção de reeleição do senhor, a potencial candidatura de Lula. O senhor acha que poderá haver alguma mudança nas alianças,  vamos entrar num novo momento? Como o senhor vê o desempenho dos candidatos nos estados, o PT pode ampliar seu espaço nos governos e no Senado em 2026.

Bom, primeiramente, eu acho que o presidente Lula é candidatíssimo em 2026. Eu o acompanho, converso com ele, e eu diria que, do ponto de vista da saúde, ele está muito bem, faz atividade física todo dia, ou seja, ele está, na minha opinião, em “ponto de bala” para ser candidato. Evidente que a eleição e as convenções são daqui a um ano, um ano e um mês, julho, agosto, do ano que vem, então tem muita água para rolar. Mas, para mim, a fotografia, quando me perguntam é sobre o plano B, eu digo que não trabalho com o plano B, só existirá plano B se o presidente Lula resolver declinar de ser candidato, eu não vejo essa possibilidade neste momento. Sobre as alianças, hoje o Brasil vive uma polarização entre a nossa posição e a posição do grupo vinculado ao ex-presidente, ou seja, uma extrema direita, repito, fanatizada, que usa muito o advento das redes para espalhar uma série de mentiras virtuais, e os partidos também estão muito divididos nacionalmente. O mesmo partido, eu prefiro não citar nomes para não ter ruído, mas o mesmo partido no Nordeste tem uma posição e, às vezes, no Sul e Sudeste tem outra posição. Essa decisão dos partidos vai estar para o ano que vem, não é agora. E eu acho que será um contencioso muito grande, repito, tem muito partido que tem posições internas bem distantes.

Tem gente que vai querer apoiar um outro candidato e um grupo que quer apoiar o presidente Lula, fora a nossa base original, que é PT, PCdoB, e PV, o PSB, o PDT. Esse grupo, eu, pessoalmente, não tenho muita dúvida, que se definirá nacionalmente pela candidatura do presidente Lula. Os outros partidos, vou chamar partidos de centro, PSD, União Brasil, que seriam centro, centro direita e outros partidos, o próprio MDB, haverá uma discussão interna muito grande, porque tem apoiadores, é claro, do presidente Lula, que vão brigar por essa posição no partido, mas tem apoiadores de outros candidatos. Então, eu não acho que o quadro das alianças de 2026 está claro e, pessoalmente, eu acho que, dificilmente, ele será um quadro de alinhamento nacional, pelo que eu acabei de dizer, que dentro de cada partido, você vai ter um enfrentamento de posições diferentes, porque a realidade de cada estado da federação é diferente. Nós temos um objetivo que eu considero bastante importante e estratégico, que é eleger um bom número de senadores, vou chamar assim, do campo progressista, do campo da democracia e que não tenham uma pauta de extrema direita e do grupo do ex-presidente. 

Quanto ao senado, teremos em disputa 54 vagas, e nós temos que cuidar para fazer a maioria, para que o grupo do ex-presidente não o faça. Pelo Senado passa a indicação de todos os ministros dos tribunais superiores, do CNJ, do CNMP, os embaixadores, as agências, portanto, o poder, eu diria assim, nessa questão dessas escolhas dos embaixadores é muito centrado aqui no Senado. Afora, o grupo que fica obsessivamente atrás de impeachment de membro do Supremo Tribunal Federal. Para mim, pela estabilidade democrática nós precisamos ter maioria no Senado, essa é a maior preocupação nossa, dos partidos da base e do próprio presidente Lula, na tentativa de termos candidatos fortes, que o PT faça alianças que garantam a eleição de senadores, repito, desse campo que nos apoia, que vou chamar genericamente de progressista e de defesa da institucionalidade da democracia. Nós temos alguns desafios, o PT está se posicionando. A comissão que vai ajudar nas candidaturas em todo o Brasil se reuniu hoje (9/06) com a presença do presidente Humberto Costa, nós estamos tentando fazer as melhores alianças e garantir os melhores candidatos, não para marcar a posição, mas para efetivamente ter vitórias no processo eleitoral de 2026.

Senador, sobre a questão do INSS, teve um pedido de abertura de CPI, na Câmara teve um pedido de abertura de CPMI, o senhor acha que superamos essa questão política? Essa investigação só começou porque o governo apurou, enfim, como é que o senhor acha que vai desdobrar essa questão de uma possível CPMI sobre o INSS, diante da postura que o governo adotou nesse caso?

Olha, você colocou tudo, quem investigou e quem está fazendo acontecer o combate à sonegação e o roubo dos nossos aposentados foi o presidente Lula, é a Polícia Federal sob nosso comando, foi a CGU, que é um ministério indicado pelo presidente Lula, que foi atrás dos assaltos que estavam fazendo ao dinheiro dos aposentados. Para mim, é até meio ridícula a ideia de querer apontar para o governo do presidente Lula. Eu pergunto: quer dizer que quem investigou e revelou a fraude é culpado? Lembrando que 11 entidades, na minha opinião, entidades artificiais, são responsáveis por 90% do roubo e do assalto aos aposentados. Curiosamente, essas entidades foram constituídas no período do governo anterior, não no nosso. É óbvio que eles vinham executando e continuaram no nosso governo. Quando nós recebemos a denúncia, alguns dizem que demorou demais, é porque ninguém faz uma investigação dessas da noite para o dia. Tem sigilo nas investigações, para você quebrar um sigilo telefônico, fiscal ou bancário de alguém, você depende de ordem judicial. Então, é demorado mesmo, até porque o esquema alcançava o Brasil inteiro. Hoje existem dezenas de processos abertos em relação ao tema do assalto aos aposentados. Então, a CPI é porque a oposição está sempre disposta a fazer barulho.

Eu acho que ela perdeu o fôlego, mas não acho que o assunto esteja morto. Existem alguns membros da nossa base que dizem: “Olha, melhor assim, a gente tem maioria, vamos nomear os nossos membros da CPI e vamos enfrentar a CPI e mostrar efetivamente o que aconteceu, até porque a gente não tem medo da investigação”, já que, repito, fomos nós que começamos a investigação. O governo gosta de CPI, CPMI? Não, não gosta, porque isso tira o foco daquilo que é principal para o governo, para a população e para o país, para ‘chover no molhado’. Porque quem investigou, quem tem os dados é a Polícia Federal e a CGU. Então, a CPMI, por exemplo, se for instalada, vai investigar em cima do trabalho que já foi feito pela Polícia Federal e CGU. Então, ela acaba virando muito mais o que parte da oposição ou a oposição quer, um palanque político, do que na verdade, uma vontade de chegar à verdade dos fatos, sendo que a verdade dos fatos já está chegando pela investigação da Polícia Federal, com bloqueio de bens, prisão de gente, inquérito aberto. Eu não sei qual é a serventia de abrir uma CPMI quando a investigação que interessa já está acontecendo.

Estamos trabalhando nisso, vamos ver qual é a obsessão ou a forma como a oposição vem em cima disso, mas nós não temos medo. Não queremos, não interessa a governo nenhum uma CPI, uma CPMI que vai consumir uma energia que tem que ser gasta exatamente na busca do equilíbrio fiscal, na busca de novos programas sociais, na busca do crescimento e desenvolvimento do Brasil. Então, para mim, é uma perda de tempo. Não vejo, sinceramente, nenhuma novidade a ser revelada, a não ser o barulho de fazer uma CPI para criar palanque eleitoral ou palanque político. Essa é a minha opinião, mas eu quero insistir: quem investigou e quem continua investigando é o nosso governo, então, não temos medo de nenhum tipo de esclarecimento da investigação.

Qual é a sua expectativa sobre o relatório da CPI das BETs, que também vai sair essa semana?

Olha, eu não sou muito de assinar um pedido de CPI. Fui o primeiro deputado a propor a CPI dos Anões do Orçamento, que acabou com a cassação de uma série de deputados federais à época que manipulavam o orçamento. Bom, depois disso passei a ver que muitas das CPIs são pedidas exatamente com o objetivo de fazer um palanque, um palanque eleitoral e não de uma investigação mais aprofundada. Tivemos a CPI da COVID, que prestou um serviço à nação e ao povo brasileiro, porque é uma situação totalmente diferente. Na questão da COVID, com falta de respirador, de oxigênio, de vacina, de tudo, tínhamos um governo que, além de não recomendar a vacina, totalmente negacionista em relação ao que o mundo inteiro estava adotando, foi um governo que atrapalhou a compra, que negou vacina. Como o próprio governo não investigou, a CPI, naquele caso, cumpriu um papel fundamental de esclarecer para o povo brasileiro, para a imprensa, para todos qual era a postura do ex-presidente e do então governo brasileiro. Então, ali tinha sentido. Vou repetir, na questão dos aposentados ou das BETs, não sei muito bem onde é que vão chegar. A verdade é que já aprovamos, na semana passada, uma limitação muito forte, que foi encaminhada à Câmara dos Deputados, no que diz respeito à propaganda das BETs. E, inclusive, ontem, esse assunto surgiu na reunião que tivemos na residência oficial da Câmara dos Deputados, que trata do eventual aumento dos impostos sobre o lucro das BETs, bem como de uma forma de buscar e retirar do ar as BETs ilegais e irregulares que ainda operam no Brasil e que, na verdade, sonegam tudo. Assim sendo, precisamos realizar um trabalho de tal maneira que o controle da internet no país impeça que BETs ilegais, não regulamentadas, não regulares, continuem a oferecer jogos aos brasileiros. Essa é a pior situação dentre todas as outras. Com o fato de termos realizado a regulamentação, elas pagam impostos e sabemos onde estão e quem são os empresários que são donos. Portanto, nesse sentido, não sei muito bem qual será a conclusão, pois não participo da CPI das BETs. Houve um certo constrangimento com a vinda de alguns convidados, alguns influencers com muitas pessoas aqui do Senado que não gostaram, acharam que foi um desgaste para o próprio Senado. Assim, ela está praticamente encerrando, embora tenha um pedido de prorrogação, mas, pessoalmente, sou contrário. O que o relatório promete? Não estou acompanhando, pois não é uma CPI que diz respeito diretamente ao governo. Trata-se de uma atividade econômica que apresenta problemas, que hoje se tornou, digamos, um vício para muitas pessoas, e que, portanto, é uma preocupação de todos nós com a estabilidade das famílias e da vida das pessoas.