Acordos fechados durante encontro com empresários na França incluem setores de energia limpa, infraestrutura e tecnologia; governo destaca geração de empregos e parcerias estratégicas

Energia limpa e infraestrutura: França investirá R$ 100 bi no Brasil, anuncia governo
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Em um movimento que fortalece as relações econômicas entre Brasil e França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (10) um pacote de investimentos de R$ 100 bilhões a serem aplicados por empresas francesas no país nos próximos cinco anos. O anúncio foi feito durante encontro com líderes empresariais em Paris, marcando um importante passo na estratégia do governo de atrair capital estrangeiro para setores prioritários.

Durante seu discurso, Lula enfatizou que os novos investimentos refletem a confiança da comunidade internacional no Brasil e destacou seu potencial para gerar empregos e modernizar a economia nacional. “Estamos mostrando ao mundo que o Brasil é um parceiro confiável, com enormes oportunidades em energia renovável, infraestrutura e tecnologia”, afirmou o presidente. Entre as empresas envolvidas estão grandes nomes como a TotalEnergies, Vinci e Danone, que planejam atuar em projetos de energia eólica e solar, modernização de portos e ferrovias, além de iniciativas sustentáveis no agronegócio.

O ministro Fernando Haddad, presente ao encontro, reforçou que os investimentos estão alinhados com as metas ambientais do país e trarão não apenas recursos financeiros, mas também tecnologia e inovação. “Esses projetos têm contrapartidas sociais e ambientais claras, o que é fundamental para o desenvolvimento que queremos”, disse. A França já ocupa a posição de terceiro maior investidor estrangeiro no Brasil, com um estoque de US$ 40 bilhões até o ano passado.

A notícia chega em um momento estratégico para o governo, que busca consolidar o país como destino atrativo para investimentos verdes e de alta tecnologia. Durante sua viagem pela Europa, Lula tem enfatizado a importância de parcerias internacionais que combinem crescimento econômico com sustentabilidade. Especialistas, no entanto, lembram que o sucesso desses compromissos dependerá de um ambiente regulatório estável e da capacidade do Brasil em manter o ritmo de reformas econômicas.

Para Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o valor anunciado é significativo, mas sua concretização exigirá esforços contínuos. “Investimentos dessa magnitude dependem de segurança jurídica e desburocratização”, ponderou. Enquanto isso, o governo comemora o acordo como uma vitória de sua política externa e econômica, que busca reposicionar o Brasil no cenário global como um player confiável e comprometido com o desenvolvimento sustentável.

Fonte: Planalto