Governo federal anuncia 3.352 vagas para o Concurso Nacional Unificado 2
Com vagas em 35 órgãos públicos, as inscrições estão previstas para julho e prova objetiva em 5 de outubro

O governo federal anunciou a realização da segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU), com 3.352 vagas em 35 órgãos públicos. Serão 2.180 vagas imediatas, sendo que 1.672 de nível superior e 508 de nível intermediário e 1.172 para provimento em curto prazo, após a homologação dos resultados.
A previsão de início das inscrições é para julho, e a prova objetiva, primeira etapa da seleção, está agendada para 5 de outubro. Superando a primeira edição, que teve cargos em 21 órgãos, o CPNU 2 amplia o número de instituições participantes para 35. Em coletiva de imprensa, a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, afirmou que “a contratação periódica e ampla é essencial para que tenhamos um serviço público que represente verdadeiramente o Brasil”.
Ela destacou as recomendações do presidente Lula no início do mandato quanto à reativação do diálogo com os servidores, o que levou à reinstauração da Mesa Nacional de Negociação Permanente em fevereiro de 2023.
“Isso resultou em um processo de negociação e reestruturação de carreiras. Desde o início, retomamos a autorização de concursos, após anos de paralisação em áreas além da educação, que é um setor com certa autonomia em sua forma de autorização”, explicou.
Reformulação e modernização de cargos
O ministério tem adotado medidas de modernização, substituindo, por meio de projetos de lei e medidas provisórias, os cargos considerados obsoletos. Até o momento, cerca de 30 mil cargos foram reformulados ou extintos, dando lugar a funções mais alinhadas com as demandas atuais do setor público.
Como parte das mudanças, está em desenvolvimento um sistema de avaliação de desempenho vinculado à progressão funcional. A proposta prevê que a estabilidade não beneficie servidores com baixo desempenho, sugerindo que os avanços na carreira considerem critérios além do tempo de serviço.
Outra alteração significativa foi o aumento das carreiras com 20 níveis de progressão, de 30% para 86%, com o objetivo de incentivar a eficiência. Apesar da retomada dos concursos e da concessão de reajustes, as despesas com pessoal no Executivo permanecem estáveis, em 2,6% do PIB, dentro dos limites do novo arcabouço fiscal, que estabelece um crescimento real de até 2,5%. A gestão afirma que as medidas combinam valorização dos servidores com responsabilidade fiscal.
Logística e vagas
A nova edição do concurso público oferecerá vagas em 35 órgãos, um aumento significativo em relação aos 21 da edição anterior. Além da expansão, o CPNU 2 incluirá carreiras transversais, permitindo que os aprovados sejam alocados em diferentes órgãos conforme a necessidade da administração pública.
As provas ocorrerão em 228 cidades, com possibilidade de ajustes na região Norte. Na edição anterior, a seleção de locais priorizou municípios com grande população indígena, mas a região ainda enfrenta dificuldades para cumprir o requisito de acesso dentro de 100 km, devido à dispersão populacional e limitações logísticas. Enquanto outras regiões já atendem ao critério, o Norte passará por revisão, podendo ter cidades substituídas.
Cronograma e distribuição de vagas
O edital será publicado em julho, com abertura simultânea das inscrições. A prova objetiva está marcada para o dia 5 de outubro, em um domingo à tarde. Os aprovados nessa primeira etapa serão convocados para a segunda fase, prevista para 7 de dezembro, seguindo a proporção de nove candidatos por vaga, tanto para ampla concorrência quanto para cotas. A divulgação final dos resultados está programada para fevereiro de 2026.
Entre os órgãos com vagas previstas estão o Ministério da Cidade, com 15 oportunidades de nível superior; o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Agricultura e Familiar, com 64 vagas; o Ministério do Turismo, com 8; o Ministério da Integração Regional, com 10; o Ministério da Fazenda, com 30; e o Ministério da Pesca e Agricultura, com 33. O CPNU 2025 contará com cotas para pessoas negras e com deficiência, mas não incluirá reserva para candidatos indígenas, uma vez que esse grupo será atendido por um concurso específico da Funai, que não participa desta seleção.