Com políticas públicas ampliadas, retomada do emprego e aumento da renda, país volta ao grupo de IDH alto da ONU e supera o patamar pré-pandemia

Crescimento do Brasil em 2024 impulsiona IDH e qualidade de vida
Paulo Pinto/Agência Brasil

Em um cenário mundial de estagnação no desenvolvimento humano, o Brasil dá um passo firme ao crescimento digno. Segundo o relatório mais recente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o país subiu cinco posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), alcançando a 84ª colocação entre 193 países. O índice saltou de 0,760 para 0,786 — um patamar considerado alto pela ONU e superior ao nível pré-pandemia.

O avanço não é pontual, tampouco isolado. Ele reflete uma série de transformações estruturais e políticas públicas que, em pouco mais de dois anos, recolocaram o Brasil em rota de crescimento com inclusão.

O salto no IDH tem como principais motores a alta na expectativa de vida — que subiu de 73,4 para 75,8 anos em apenas um ano — e o crescimento do PIB per capita, que passou de US$ 14.616 para US$ 18.011 em paridade de poder de compra.

Esses dados, por si só, seriam relevantes. Mas ganham ainda mais força ao serem divulgados no mesmo momento em que o Brasil comemora seu maior estoque de empregos formais da história: são 47,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada.

Geração de empregos e PIB em alta

Somente nos três primeiros meses de 2025, foram criados 654 mil postos de trabalho com carteira assinada — número que eleva para 3,8 milhões o total de novas vagas desde janeiro de 2023, início do atual governo.

Esse desempenho robusto vem acompanhado de uma taxa de desemprego em queda: 7% no primeiro trimestre, a menor desde 2012. O setor de serviços liderou a geração de empregos no período, seguido pela indústria, construção civil e agropecuária.

Na economia como um todo, o ritmo também surpreende positivamente. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 3,4% em 2024, superando os 3,2% de 2023 e registrando a maior alta desde 2021. O consumo das famílias teve papel central nessa trajetória, com expansão de 4,8%, sinalizando uma população com mais renda e confiança para consumir. Em termos nominais, a economia alcançou R$ 11,7 trilhões no ano.

Esse ciclo virtuoso se sustenta também em políticas públicas com ampla aprovação popular. Programas como o Farmácia Popular, com 86% de aprovação, foram ampliados e oferecem agora 95% dos medicamentos gratuitamente para a população. O Desenrola Brasil, que renegocia dívidas de pessoas de baixa renda, conta com 70% de aprovação. Já a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos é apoiada por até 87% dos brasileiros.

Inovação com inclusão: o exemplo brasileiro

A receptividade da população a essas medidas reflete não só sua efetividade, mas também o alinhamento com as necessidades concretas da maioria. Em um mundo em que a industrialização muitas vezes avança sem gerar empregos, como aponta o próprio relatório da ONU, o Brasil adota um caminho alternativo: inovação com inclusão.

O PNUD cita como exemplo positivo a digitalização da logística de fretes, impulsionada por aplicativos nacionais, que melhoraram a eficiência no setor de transportes e geraram ganhos de produtividade.

Enquanto o mundo vive a pior desaceleração no desenvolvimento humano desde os anos 1990, com aumento da desigualdade entre países ricos e pobres, o Brasil reencontra sua trajetória de progresso. A dignidade que parecia perdida após crises sanitárias, econômicas e políticas vem sendo gradualmente restaurada.