Quinta-colunismo atua contra os interesses brasileiros, por Alberto Cantalice 
Steve Bannon e Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução

Recentemente, uma turma de parlamentares da extrema direita foi para os Estados Unidos assistir à posse de Donald Trump. Por falta de convite, os indigitados tiveram que assistir a posse fora do recinto oficial. Alguns com cara de idiota gravaram vídeos sob a imensa friaca que se abateu sobre Washinton na semana das festividades. 

Foi lapidar o choro de Bolsonaro quando do embarque da ex-primeira-dama acompanhada de seu maquiador, quando ele, com o passaporte apreendido por cometimento de crimes, não pode viajar. 

Entretanto, a presença do deputado Eduardo Bolsonaro junto ao recém liberto da prisão Steve Bannon fez ecoar o apito de cachorro que move a malta nas redes sociais. O parlamentar foi apresentado pelo notório construtor da máquina mundial de fake news como um provável presidenciável. Quanto a isso, nada a declarar, pois qualquer cidadão brasileiro que cumpra os requisitos da lei eleitoral pode se candidatar a qualquer cargo eletivo. 

O que, no entanto, causa repulsa a todos os verdadeiros patriotas brasileiros é a forma do comportamento vira-latas dos indignos “representantes” do povo que lá estiveram. Cabe destacar que à soldo público. A instigação contra o Supremo Tribunal Federal beira ao ridículo se não fosse criminosa. 

Qual poder tem os Estados Unidos de interferir nas decisões do Estado brasileiro? Nenhum. Os pseudos parlamentares por falta de conhecimento ou má-fé fingem não entender o que seja a soberania de uma nação. Agem como muitos operadores do mercado financeiro como agentes dos interesses estrangeiros em solo brasileiro. 

Esses sim, que, operando aqui dentro, fazem o jogo do império decadente a despeito do desprezo com o qual são vistos os brasileiros por lá. São capachos. Atuam sob a lógica da servidão voluntária: subservientes aos poderosos, porém algozes do povo pobre. 

Querem reeditar a velha máxima de Juracy Magalhães quando da instalação do golpe civil-militar de 1964 que dizia: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil. Não é. Lembra também o avô do anterior presidente do Banco Central Roberto Campos que pela subserviência extrema foi apelidado de “Bob Fields”. 

O que o Brasil precisa é de uma relação altiva com todas as nações, inclusive os EUA sem subordinação de qualquer espécie e preservando os interesses da população brasileira.