Recorde na Massa Salarial: R$ 326,2 Bilhões em Agosto, Diz IBGE
Rendimento real dos trabalhadores e população ocupada alcançaram novos patamares
A massa salarial dos trabalhadores brasileiros atingiu um recorde de R$ 326,2 bilhões no trimestre encerrado em agosto de 2024, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este volume representa um crescimento de 1,7% em relação ao trimestre anterior (mais R$ 5,5 bilhões) e um aumento de 8,3% quando comparado ao mesmo período do ano passado (mais R$ 24,9 bilhões).
O rendimento real médio habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.228, com uma variação de 0,6% em relação ao trimestre anterior, o que indica estabilidade, e um aumento de 5,1% em comparação com o ano passado. Essa expansão da massa salarial é acompanhada por um recorde na população ocupada, que alcançou 102,5 milhões de pessoas em agosto.
A taxa de ocupação, que reflete o percentual de trabalhadores em relação ao total de pessoas em idade ativa, subiu para 58,1%, aproximando-se do recorde de 58,5% registrado em 2013. Além disso, o trimestre viu o menor número de desempregados desde janeiro de 2015, resultando em uma taxa de desemprego de 6,6%.
Sete das dez atividades econômicas analisadas pelo IBGE mostram crescimento na geração de postos de trabalho em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, incluindo a indústria (4,2%), comércio (2,6%), construção (5,2%) e transporte e armazenamento (6%).
Entretanto, o número de trabalhadores informais também alcançou um recorde, totalizando 39,83 milhões, um aumento de 1,8% em relação ao trimestre anterior. O crescimento de empregos sem carteira assinada no setor privado foi de 4,1%, enquanto o número de trabalhadores com carteira assinada aumentou apenas 0,8%.
Por outro lado, a população subutilizada, que inclui tanto desempregados quanto aqueles que trabalham menos horas do que poderiam, caiu para 18,5 milhões de pessoas, o menor número desde junho de 2015. A população desalentada, que deseja trabalhar mas não busca emprego por diversos motivos, também atingiu seu menor nível desde maio de 2016, com 3,1 milhões de pessoas.