EUA: pesquisas apontam pequena vantagem para Kamala Harris
Eleição nos EUA acontece dia 5 de novembro, pesquisas ainda apontam cenário indefinido
A duas semanas do dia da eleição nos Estados Unidos, Kamala Harris consegue manter pequena vantagem sobre o rival Donald Trump. Esta é a avaliação de dois dos principais institutos de pesquisa do país. O The Economist divulgou, na segunda-feira, 21, uma pesquisa na qual Kamala Harris aparece com 49% das intenções de voto. O instituto destacou que a candidata mantém um crescimento estável, mantendo três pontos de diferença em relação a Trump desde agosto.
Para o Napolitan Institute, Kamala teria 50% contra 49% de Trump. Embora este cenário represente um empate técnico, o Napolitan observa que desde que, desde que a democrata entrou na disputa no final de julho, os dois nunca estiveram distantes por mais de cinco pontos. Nas últimas cinco semanas, a diferença entre eles nunca ultrapassou três pontos. Na medição anterior, Trump estava três pontos atrás de Kamala.
Nos Estados Unidos, o presidente e o vice-presidente não são escolhidos diretamente pelo voto popular. Os cidadãos votam nos representantes do Colégio Eleitoral de seus estados. As últimas pesquisas que indicam vitória de Kamala Harris analisam o voto popular.
Cada estado tem entre três e 54 delegados, conforme sua população e número de congressistas. O candidato que obtém a maioria dos votos em um estado garante todos os delegados desse estado, independentemente da diferença percentual entre os candidatos. No total, um candidato deve obter 270 dos 538 delegados para vencer a eleição.
Musk oferece dinheiro a eleitores
O dono da plataforma X, Elon Musk, prometeu em seu perfil que distribuirá dinheiro para eleitores registrados na Pensilvânia. Musk anunciou que até o dia da eleição doará diariamente US$1 milhão a um eleitor registrado que assinar uma petição promovida por seu canal America PAC, que apoia a liberdade de expressão e o direito de portar armas.
Em entrevista ao site NBC News, o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, manifestou preocupação com a ação. Shapiro, que é democrata, frisou que essa preocupação não é fruto de suas diferenças políticas com Musk, que apoia Donald Trump, mas sim ao impacto potencial desse dinheiro na integridade política.
Ainda segundo a reportagem, especialistas em leis eleitorais destacaram que a prática é “claramente ilegal”. Rick Hansen, professor de direito na Universidade da Califórnia, Los Angeles, diretor do Projeto de Salvaguarda da Democracia e analista de leis eleitorais da NBC News, classificou os pagamentos como “claramente ilegais”.
O America PAC (comitê de ação política em português) foi criado por Elon Musk com o apoio de empresários do setor de tecnologia para apoiar a campanha presidencial de Donald Trump em 2024. O principal objetivo do grupo seria financiar operações de mobilização de eleitores. Até setembro de 2024, Musk foi o único doador do PAC, contribuindo com cerca de US$ 75 milhões.