Na manhã de domingo (13), as duas regiões contabilizaram aproximadamente 900 mil residências sem luz cada

Na manhã de domingo (13), as duas regiões contabilizaram aproximadamente 900 mil residências sem luz cada
DO ESPAÇO – Imagens da Nasa mostram o impacto do apagão na Grande São Paulo

Enquanto a Flórida enfrentava o furacão Milton, São Paulo e municípios da Grande São Paulo encaravam um temporal que, curiosamente, deixou mais gente no escuro por aqui do que lá. 

A comparação não é só irônica: a Enel, concessionária italiana responsável pela distribuição de energia na região após privatização do serviço, informou que 24 horas após a chuva de sexta-feira (11), 1,45 milhão de residências paulistas ainda estavam sem luz.  

No mesmo intervalo de tempo, três dias depois da passagem do furacão Milton, a Flórida registrava “apenas” 1,35 milhão de imóveis sem eletricidade, segundo dados do site de monitoramento United States Power Outage. Parece que o vento daqui teve mais força no sistema elétrico do que os 190 km/h do furacão americano.  

No domingo (13), a Enel divulgou que o temporal afetou, ao todo, 2,1 milhões de clientes desde sexta-feira. Mais de 1,2 milhão já haviam tido o serviço restabelecido até então. Mesmo assim, a situação em São Paulo e na Flórida ainda estava equilibrada, com ambos os locais contabilizando cerca de 900 mil residências sem energia na manhã do mesmo dia.  

Vale lembrar que o vento na Grande São Paulo chegou a 100 km/h – ou seja, quase a metade da força dos 190 km/h que Milton trouxe para a Flórida. Apesar das diferenças na intensidade dos fenômenos, o impacto foi semelhante. Infelizmente, ambos os eventos também tiveram saldo trágico: pelo menos 16 mortos nos Estados Unidos e sete vítimas fatais em São Paulo.  

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