Se o recorte for os últimos 12 meses, o aumento é ainda maior: 3,3%. As previsões dos analistas econômicos é a de que não passaria de 2,7%

Aumento do PIB chega a 1,4% e supera previsões do mercado
José Paulo Lacerda/CNI/Direitos reservados

Aconteceu de novo. Enquanto o mercado insiste em fazer apostas pessimistas em relação ao país, o governo Lula, sob a regência de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, segue trabalhando para recuperar a economia. E com o aval dos números. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE), em balanço divulgado nesta terça-feira (3), o Produto Interno Bruto nacional cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024.

Se o recorte for dos últimos 12 meses, o aumento é ainda maior: 3,3%. As previsões dos analistas econômicos é a de que não passaria de 2,7%.  O PIB é a soma de toda riqueza produzida no país em determinado período e um dos principais indicadores para avaliar se a economia vai bem ou não. 

O Resultado representa a 14ª alta do PIB na comparação com o mesmo período do ano anterior. A última queda na base de comparação foi registrada no quatro trimestre de 2020 (-0,3%). 

Os setores que mais contribuíram com o aumento divulgado nesta terça foram Indústria (+1,8%) e serviços (+1%). Na comparação anual, os destaques foram os mesmos. Enquanto a indústria avançou 3,9%, o desempenho do setor de serviços, responsável por quase 70% da economia nacional, cresceu 3,5%

Haddad tem reiterado desde que assumiu o cargo de ministro da Fazenda que as medidas como juros mais baixos, melhora do mercado de trabalho e disponibilidade de crédito seriam fatores que iriam contribuir com o aumento do PIB. “Pela força com que o PIB vem se desenvolvendo, deve superar 2,7% ou 2,8%. E há instituições que já estão projetando um PIB superior a 3%”, declarou o ministro da Fazenda, em entrevista ao UOL. 

O ministro também avaliou que os investimentos do governo Lula vão garantir crescimento com baixa inflação. Haddad classifica o aumento da capacidade instalada como determinante para manter o movimento positivo no setor industrial. “Algumas indústrias ainda estão com muita margem para ampliar a produção, mas isso não diz respeito à economia como um todo”, observa ao defender que não existam “gargalos” na oferta de bens. Se a demanda vier puxada pelo investimento daqui para frente, é tudo que a gente quer, né a consistência o crescimento com o investimento maior é a garantia de equilíbrio entre oferta e demanda”. 

Divulgado no Brasil pelo IBGE a cada três meses, o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais é calculado a partir de uma fórmula que considera os consumos das famílias e do governo, os investimentos e as exportações líquidas.

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