Cautela: Lula ainda não reconhece Maduro como presidente eleito da Venezuela
O presidente brasileiro continua aguardando os documentos oficiais enquanto mantém posição de liderança diante do impasse eleitoral
Redação Focus Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista à rádio T de Curitiba, no Paraná, na última quinta-feira, 15, quando foi questionado sobre sua posição quanto ao pleito da Venezuela e declarou que ainda não reconhecia o resultado da eleição pois o presidente venezuelano estaria “devendo uma explicação para a sociedade brasileira e para o mundo.”
Em sua avaliação, “os dados têm que ser apresentados por algo que seja confiável. O Conselho Nacional Eleitoral, que tem gente da oposição, poderia ser, mas ele [Maduro] não mandou [as suas atas] para o conselho, ele mandou para a Justiça, para a Suprema Corte dele”.
O presidente disse que não queria se comportar “de forma apaixonada e precipitada. Eu quero o resultado. O que eu não posso é ser precipitado e tomar uma decisão. Da mesma forma que eu quero que respeitem o Brasil, eu quero respeitar a soberania dos outros países”, acrescentou o presidente.
Repercussão internacional
O posicionamento do governo brasileiro repercutiu em veículos internacionais. O jornal inglês The Guardian publicou que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, teria afirmado que a Venezuela vive sob “um regime muito desagradável” com uma “inclinação autoritária”, à medida que a crise política que envolve o país sul-americano rico em petróleo se intensifica antes de novos protestos de rua no sábado.
A Agência Reuters noticiou que “EUA e Brasil propõem novas eleições na Venezuela, apesar das recusas do governo e da oposição”. A Reuters informou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apoiaria novas eleições após o presidente brasileiro, Luis Inácio Lula da Silva também sugerir a ideia.
O site de notícias português Voa News informou que “Lula pede novas eleições na Venezuela” dizendo que o presidente brasileiro apelava à Venezuela para publicar os resultados.
Celso Amorim vai ao Senado
Enviado para acompanhar as eleições presidenciais na Venezuela, o atual Assessor Chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, embaixador Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores, esteve durante três dias na Venezuela para acompanhar a realização das eleições.
Em depoimento na Comissão de Relações Exteriores sobre a Venezuela no último dia 15, Amorim lembrou a longa relação entre o governo brasileiro e o governo venezuelano.
A autora do requerimento, Teresa Cristina, do PP, perguntou ao embaixador se o Brasil teria sugerido novas eleições. O embaixador esclareceu que a legislação venezuelana, que muitas vezes parece contraditória, é um ponto central dessas discussões. Explicou que existiria uma espécie de subcomissão, que possui a autoridade para avaliar casos eleitorais e que o Supremo Tribunal tem a prerrogativa de anular uma eleição caso verifique que a vontade popular não está sendo respeitada. Esclareceu, finalmente, que não teria feito tal proposição.
Celso Amorim declarou que havia sido procurado por interlocutores internacionais sobre o posicionamento do Brasil, demonstrando a retomada do protagonismo brasileiro nas relações sul-americanas.
Redação Focus Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista à rádio T de Curitiba, no Paraná, na última quinta-feira, 15, quando foi questionado sobre sua posição quanto ao pleito da Venezuela e declarou que ainda não reconhecia o resultado da eleição pois o presidente venezuelano estaria “devendo uma explicação para a sociedade brasileira e para o mundo.”
Em sua avaliação, “os dados têm que ser apresentados por algo que seja confiável. O Conselho Nacional Eleitoral, que tem gente da oposição, poderia ser, mas ele [Maduro] não mandou [as suas atas] para o conselho, ele mandou para a Justiça, para a Suprema Corte dele”.
O presidente disse que não queria se comportar “de forma apaixonada e precipitada. Eu quero o resultado. O que eu não posso é ser precipitado e tomar uma decisão. Da mesma forma que eu quero que respeitem o Brasil, eu quero respeitar a soberania dos outros países”, acrescentou o presidente.
Repercussão internacional
O posicionamento do governo brasileiro repercutiu em veículos internacionais. O jornal inglês The Guardian publicou que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, teria afirmado que a Venezuela vive sob “um regime muito desagradável” com uma “inclinação autoritária”, à medida que a crise política que envolve o país sul-americano rico em petróleo se intensifica antes de novos protestos de rua no sábado.
A Agência Reuters noticiou que “EUA e Brasil propõem novas eleições na Venezuela, apesar das recusas do governo e da oposição”. A Reuters informou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apoiaria novas eleições após o presidente brasileiro, Luis Inácio Lula da Silva também sugerir a ideia.
O site de notícias português Voa News informou que “Lula pede novas eleições na Venezuela” dizendo que o presidente brasileiro apelava à Venezuela para publicar os resultados.
Celso Amorim vai ao Senado
Enviado para acompanhar as eleições presidenciais na Venezuela, o atual Assessor Chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, embaixador Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores, esteve durante três dias na Venezuela para acompanhar a realização das eleições.
Em depoimento na Comissão de Relações Exteriores sobre a Venezuela no último dia 15, Amorim lembrou a longa relação entre o governo brasileiro e o governo venezuelano.
A autora do requerimento, Teresa Cristina, do PP, perguntou ao embaixador se o Brasil teria sugerido novas eleições. O embaixador esclareceu que a legislação venezuelana, que muitas vezes parece contraditória, é um ponto central dessas discussões. Explicou que existiria uma espécie de subcomissão, que possui a autoridade para avaliar casos eleitorais e que o Supremo Tribunal tem a prerrogativa de anular uma eleição caso verifique que a vontade popular não está sendo respeitada. Esclareceu, finalmente, que não teria feito tal proposição.
Celso Amorim declarou que havia sido procurado por interlocutores internacionais sobre o posicionamento do Brasil, demonstrando a retomada do protagonismo brasileiro nas relações sul-americanas.