Financiamento imobiliário deve ter recorde histórico de R$ 270 bi em 2024
No primeiro semestre de 2024, os financiamentos imobiliários somaram R$ 149 bilhões, uma alta de 30% em relação ao mesmo período de 2023
O aquecimento da atividade econômica no segundo ano do governo Lula também se reflete no mercado imobiliário. A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) informou na última quarta-feira (24) que a concessão de novos empréstimos para aquisição da casa própria deve fechar 2024 com recorde histórico.
Segundo a entidade, os financiamentos imobiliários, com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), devem subir 7,8% e encerrar 2024 com concessões da ordem de R$ 270 bilhões ante R$ 250 bilhões em 2023.
As novas medidas do governo federal para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida influenciaram na ampliação dos financiamentos, segundo os dados divulgados.
No primeiro semestre de 2024, os financiamentos imobiliários somaram R$ 149 bilhões, uma alta de 30% em relação ao mesmo período de 2023, puxada pelo aumento de 75% nas contratações via FGTS de R$ 67,2 bilhões, enquanto que os financiamentos pela poupança SBPE cresceram 7% no mesmo período, num total de R$ 82,1 bilhões.
Diante do aquecimento real do mercado, o governo Lula já estuda ampliar os fundos do FGTS para habitação em até R$ 25 bilhões este ano, conforme anúncio feito pelo ministro das Cidades, Jáder Filho.
De acordo com a Abecip, apenas com recursos da poupança, o patamar de financiamentos imobiliários estimado é de R$ 164 bilhões, um aumento de 7,6% em base anual, o que tornaria o resultado um dos três melhores da série histórica.
No caso do FGTS, que entra com um total de 40% dos financiamentos, a Abecip trabalha o montante de R$ 160 bilhões, que foi definido pelo Conselho Curador para habitação, mas também já considera uma eventual suplementação do orçamento, diante do forte desempenho das contratações no primeiro semestre. O montante é 8,1% superior ao direcionado para o setor no ano passado, segundo a entidade.