Alberto Cantalice 

Uma mulher é estuprada no país a cada 46 minutos e vítimas mais frequentes têm de 10 a 14 anos, aponta Atlas da Violência 

A vexaminosa e anti-humana atuação dos extremistas de direita tem causado espécie aos brasileiros de bom senso.

Negacionistas da ciência; crentes do terraplanismo, fazem da escandalização dos costumes o seu “modus operandi”.

Cultuadores das fake news da “mamadeira de piroca” e do banheiro unissex em escolas públicas, propalam agora o PL 1904 de autoria do seguidor do pastor Silas Malafaia, o deputado Sóstenes Cavalcante, do PL do Rio de Janeiro.

Sabiamente denominado de PL do Estupro, transforma vítima em ré. Dando uma pena muitos anos maior para a criança, jovem ou mulher vítima da violência do estupro e que queira abortar. Isso em um país onde uma mulher é estuprada a cada 46 minutos e as vítimas mais frequentes têm entre 10 e 14 anos, segundo o Atlas da Violência.

Absurdos e despautérios como esse são a tônica da atuação parlamentar da bancada do ódio.

A obsessão do extremismo com a pauta de costumes, esconde sua total ausência de propostas com viés econômico. Aliados do grande capital, usam do escapismo e do charlatanismo como forma de enganar a população.

É a junção deletéria de tudo que não presta: apologia ao golpe de Estado, armamento da população, preconceitos e xenofobias.

Sem projeto ou programa para os graves problemas da segurança pública, impulsionam o inconstitucional exercício da justiça com as próprias mãos.

Agem cotidianamente ao arrepio das leis e das normas. Enganam fieis, mercadejam a fé, usam e abusam do direito no intuito do enriquecimento pessoal.

O caso dos crimes em série cometidos por Bolsonaro é uma mostra cabal.

Enquanto entoam o mantra “Deus acima de todos” atuam nas profundezas da mais ignominiosa corrupção de valores.

Derrotar esses trogloditas da política é a missão das forças democráticas.

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