Dono de longa trajetória no audiovisual brasileiro, Toni Venturi faleceu no sábado (18), aos 68 anos, na cidade litorânea de São Sebastião (SP). Era conhecido por dirigir os longas Latitude Zero, de 2002; Cabra-Cega, de 2005; Estamos Juntos, de 2011; e A Comédia Divina, de 2017.

Formado em artes visuais pela RyersonUniversity de Toronto, Canadá, dirigiu e produziu cinema e televisão. Seu primeiro documentário longa-metragem O Velho, A História de Luiz Carlos Prestes(1997), ganhou o prêmio de melhor filme brasileiro na segunda edição do Festival É Tudo Verdade. Seu primeiro longa de ficção, Latitude Zero(2001) foi selecionado para a seção Panorama do Festival de Berlime para a mostra World Contemporary Cinema do 26º Festival de Toronto.

Foi presidente da Associação Paulista de Cineastas (2002), articulou a criação do prêmio de fomento Sabesp do Governo do Estado de São Paulo. Junto com o setor, esteve à frente da criação da SPcine, empresa municipal de cinema de São Paulo, em 2014. Sócio proprietário da Olhar Imaginário, casa de produção criada em 1996 que atende o mercado independente de cinema, comunicação social e séries para a televisão.

Em tempos passados, Toni colaborou também com o primeiro vídeo institucional da Fundação Perseu Abramo, esteve sempre presente em atividades da FPA. Era irmão de Gustavo Venturi, antigo coordenador das pesquisas da Fundação, falecido em 2022.

Companheiros e companheiras do cinema, das artes, da política e cultura, neste momento de dor e saudade, externaram solidariedade à sua esposa, Débora Duboc, e seus filhos Otto e Theo. A Fundação Perseu Abramo ressalta o valor da trajetória e da contribuição de Toni ao país e se manifesta com pesar e com imenso agradecimento: muito obrigado, Toni!

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