Representantes do radicalismo à direita, presidente da Argentina e bilionário conversaram sobre conflito que envolve plataforma X e corte brasileira

Reprodução/X

Em um encontro realizado na montadora da Tesla, em Austin, no Texas, o presidente argentino Javier Milei e o empresário bilionário Elon Musk, dono, entre diferentes negócios, da marca de carros elétricos e da rede social X (antigo Twitter), conversaram sobre diversos assuntos – entre eles, a democracia no Brasil. 

A notícia de que o chefe de Estado da Argentina se colocou à disposição para apoiar o magnata, após recentes embates entre Musk e Supremo Tribunal Federal brasileiro, foi divulgada na última sexta-feira (12) pelo porta-voz argentino Manuel Adorni, em comunicado via redes sociais. 

O governo argentino afirmou que, entre uma lista de outros temas abordados, o contexto brasileiro foi mencionado e Milei “ofereceu colaboração neste conflito entre a rede social X no Brasil e o marco do conflito judicial e político no país”. O presidente, representante da extrema-direita, esteve em viagem pelos Estados Unidos na última semana e participou de uma reunião com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID.

Embaixador argentino nos EUA, Gerardo Werthein disse em entrevista ao jornal Clarín que Musk e Milei são “almas gêmeas”, pois apresentaram visões bem parecidas sobre os temas debatidos, em especial sobre economia, já que ambos se apresentam como ultraliberais. 

O conflito com o ministro do STF Alexandre de Moraes ganhou contornos a partir das ameaças de Musk de não cumprimento de medidas judiciais para retirada de conteúdos da plataforma e com declarações que acusam o ministro de agir como um agente que promove a censura no país. 

A proximidade de Musk com Milei não é nova. Quando o argentino ganhou as eleições em novembro do ano passado, o bilionário publicou em seu perfil no X que “a prosperidade está à frente da Argentina”. Mesmo com o estreitamento dos laços, não está claro de que maneira Milei poderia intermediar a situação ou tomar qualquer outro tipo de providência, o assunto não foi detalhado pelo governo argentino. 

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