Lula na Bahia com estudantes . Foto Ricardo Stuckert


A tragédia social brasileira nnos 6 anos decorridos com o golpe de 2016 só se ampliou.  A quantidade de pessoas vivendo nas ruas aumentou assustadoramente. Milhões de brasileiras e brasileiros, sobretudo crianças, convivem com a pornográfica situação de miséria e carência alimentar. 

Outros milhões de jovens estão sem estudar ou trabalhar. Esse panorama agride a cidadania e exige um esforço hercúleo para resolução desses graves problemas. 

Qual perspectiva esperar de uma sociedade que relega seu patrimônio futuro – a sua juventude – a tamanha incerteza? 

O desalento e a falta de oportunidades é a porta de entrada para a captura de parte dessa juventude para a prática de atividades ilícitas.  Outro componente preocupante é a desestruturação de parte das famílias e o abandono que são relegadas milhares de crianças, principalmente nas áreas periféricas do país. 

Por outro lado, a massificação do individualismo e a financeirização da economia no neoliberalismo retira dos Estados nacionais a capacidade de sozinhos resolver tamanha tarefa. 

A espiral de exclusão e a chamada uberização do mercado de trabalho aumentam nos jovens a sensação de que ele está só. Essa visão se transforma em revolta e cria uma sensação de que o “sistema” está contra ele. 

É aí que as forças do capital instrumentalizam esses sentimentos e põe a seu serviço a boa-fé do povo. 

É aí que brotam preconceitos contra as políticas sociais e a luta de pobres contra pobres que se vê claramente no cotidiano brasileiro. 

O Brasil precisa cada vez mais inverter suas prioridades em direção às crianças e aos jovens. Fortalecer a educação, o esporte e a cultura transformando-a em tempo integral no ensino básico e médio. A escola tem que ser o ambiente agregador que faça a diferença no presente e abra um horizonte de futuro. Papel substantivo tem os institutos federais e as escolas técnicas. 

Só o Estado pode dar o “start” para essa situação. Mas é preciso o engajamento de toda a sociedade. 

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