Nascido das lutas dos trabalhadores do ABC, no final da década de 1970, o Partido dos Trabalhadores se consolidou como a principal força política do campo progressista no Brasil e uma das maiores do mundo. 

Em país vivendo o tacão da ditadura militar instaurada em 1964, o partido foi a “brecha” que vastos setores encontraram. Desde militantes das Comunidades Eclesiais de Base, da Igreja Católica, a anistiados políticos e sindicalistas liderados por Lula. Unidos  para construir uma alternativa política que, enquanto lutava pelo fim do regime, agregasse as classes trabalhadoras em um projeto político de caráter renovado. 

Crítico do “socialismo real” e da então social democracia européia, o PT foi aos poucos construindo um caminho próprio: o socialismo petista. Profundamente democrático na essência e construtor de um projeto de Brasil solidário e soberano. 

Partido de massas, buscou desde seu nascedouro construir canais para dar voz a quem nunca teve vez, no país dos “coronéis: o povo trabalhador”. Disputou eleições, contribuiu decisivamente na fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no fortalecimento da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e na criação Movimento dos Sem Terra (MST). 

Sob a liderança de Lula, disputou todas as eleições presidenciais no período da redemocratização. E saiu-se vitorioso em quatro disputas eleitorais consecutivas com Lula e Dilma. 

Vítima de uma intensa campanha de cerco e aniquilamento, foi vítima de um golpe midiático-parlamentar que derrubou, em 2016, a presidenta Dilma Rousseff. O partido ainda sofreria a perseguição a sua maior liderança, presa durante 580 dias, em um processo fraudulento para evitar que voltasse à Presidência. 

Naquele momento, o PT lançou Fernando Haddad, e, enfrentando o lawfare e a maior indústria de mentiras da história política do Brasil, levou o candidato do povo e dos trabalhadores ao segundo turno. 

Em 2022, com seus direitos políticos legitimamente devolvidos  pelo Supremo Tribunal Federal, Lula constrói a maior frente democrática do período recente, encarando o uso desbragado da máquina pública e o aparelhamento dos organismos de Estado. Por conta disso, e diante do retrocesso representado pelo candidato adversário, Lula venceu as eleições. 

O presidente assumiu com o mantra: “O pobre no orçamento e o rico no Imposto de renda”. É reflexo daquele compromisso de vida que remonta a 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion, em São Paulo, quando nascia o Partido dos Trabalhadores. 

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