Começa a transição

Sob a coordenação de Alckmin, 400 pessoas trabalham em grupos para diagnosticar os gargalos da administração e apontar soluções para o novo governo. PEC da Transição começa a tramitar no Congresso e garante recursos para novo Bolsa Família de R$ 600

 

O gabinete de transição governamental foi montado nos primeiros dias após o segundo turno das eleições presidenciais e conta com 31 grupos técnicos que estão debatendo, reunindo dados e apresentarão propostas para o novo governo. O coordenador da transição é o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Mais de 400 especialistas, técnicos e parlamentares integram a transição.

Nas últimas semanas, Alckmin vem anunciando quase diariamente os nomes. Os grupos foram definidos por meio de portaria assinada em 8 de novembro, publicado no Diário Oficial da União. Os primeiros nomes foram das áreas de economia e sociais.

Enquanto isso, foi encaminhado ao Congresso o texto da PEC da Transição, que define recursos fora do teto de gastos para o cumprimento da promessa do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva do novo Bolsa Família, no valor de R$ 600. O governo Bolsonaro não previu recursos no Orçamento de 2023 para a manutenção do benefício. A proposta precisa ser aprovada até dezembro.

“O que é urgente e não pode esperar é fome, é saúde, é educação, é não interromper obras. A obra-prima do Estado é a felicidade das pessoas. Este é o foco”, disse Alckmin. “Ficou claro, na campanha, que não tem ninguém contra garantir o Bolsa Família de R$ 600. É uma necessidade, mas não estava no orçamento”.

Os primeiros nomes dos grupos técnicos anunciados foram dos coordenadores da área de Economia: André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Pérsio Arida. Na Assistência Social estão a senadora Simone Tebet (MDB-MS), Márcia Lopes, Tereza Campello e André Quintão. “Os grupos poderão convidar outras pessoas, professores, sociedade civil, lideranças políticas, para contribuir”, explicou Alckmin.

O vice-presidente eleito assinou também uma segunda portaria na qual institui a Coordenação Executiva, de Articulação Política, de Coordenação dos Grupos Técnicos e de Organização da Posse, além de um conselho político formado por representantes dos partidos que apoiaram Lula. •

Os trinta e um grupos técnicos

 

Agricultura, pecuária e abastecimento

Assistência social

Centro de governo

Cidades

Ciência, tecnologia e inovação

Comunicações

Cultura

Defesa

Desenvolvimento agrário

Desenvolvimento regional

Direitos humanos

Economia

Educação

Esporte

Igualdade racial

Indústria, comércio e serviços

Infraestrutura

Inteligência estratégica

Justiça e segurança pública

Meio ambiente

Minas e energia

Mulheres

Pesca

Planejamento, orçamento e gestão

Povos originários

Previdência social

Relações exteriores

Saúde

Trabalho

Transparência, integridade e controle

Turismo

 

OS INTEGRANTES DO CONSELHO POLÍTICO

Antônio Brito (PSD)

Carlos Siqueira (PSB)

Daniel Tourinho (AGIR)

Felipe Espirito Santo (PROS)

Gleisi Hoffmann (PT)

Guilherme Ítalo (Avante)

Jefferson Coriteac (SD)

José Luiz Penna (PV)

Juliano Medeiros (PSOL)

Luciana Santos (PCdoB)

Wesley Diógenes (REDE)

Wolney Queiroz (PDT)