O governo federal divulgou na última quarta-feira, 31, o Projeto de Lei Orçamentária de 2023 em que mantém a desoneração dos impostos sobre combustíveis e não prevê o reajuste do Imposto de Renda. Mas, pior do que isso, a principal promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro — o Auxílio Brasil de R$ 600 — não durou uma semana.

A lei orçamentária prevê pagamento médio de R$ 405 por beneficiário. Não houve espaço para cumprir o audacioso benefício social que Bolsonaro jurou no debate da Band, no domingo, 28 de agosto, que seria de R$ 600.

Prevaleceu a visão perversa do ministro da Economia, Paulo Guedes, que considera o programa social apenas como um mimo feito para garantir a campanha da reeleição do presidente. “É uma questão política”, justificou o ministro.

“Dentro da responsabilidade fiscal, gerando superávit, nós conseguimos pagar o auxílio de 600. Então é evidente que nós vamos pagar”, afirmou. “O que garante o pagamento é a política. A decisão política”.

Na prática, Guedes promete continuar a promessa. “É evidente que nós vamos pagar. Tem uma solução temporária. Se a Guerra da Ucrânia continua, prorroga o estado de calamidade e aí você continua com R$ 600”, disse o ministro após evento no Rio de Janeiro. •